Thiago Carpini diz que saída de capitão do Vitória não impacta: “Não vamos amarrar ninguém”
Wagner Leonardo é assunto superado no Vitória. Ao menos foi o relato que Thiago Carpini passou em entrevista coletiva na manhã deste sábado. Em uma “mudança de protocolo”, o treinador conversou com a imprensa na véspera da partida contra o Jequié e trouxe seu posicionamento sobre a transferência do zagueiro para o Grêmio.
“O futebol é feito de ciclos: início, meio e fim. E talvez tenha chegado o momento do fim”, disse Carpini.
“A saída não impacta. Claro que o Wagner tinha a sua representatividade enquanto aqui estava. Ele fez a sua história no clube, tem o respeito, foi muito importante nas conquistas e na retomada do ano passado. Mas, a partir do momento que o atleta toma outro caminho e é desligado, seguimos nosso planejamento da mesma maneira”, completou o treinador.
Carpini explicou no sábado que a negociação foi “muito rápida” e confirmou que a ideia da entrevista coletiva neste sábado surgiu após a saída do zagueiro. O treinador também reforçou a importância de manter no elenco apenas os jogadores que desejam fazer parte do projeto rubro-negro.
“Quando surgiu toda essa negociação, ela foi muito rápida. Eu pedi para a assessoria, para o marketing e para o clube que eu viesse aqui para fazer esse pré-jogo coletivo, o que não é habitual. É importante que vocês ouçam os atletas também, mas, nesse momento, achei necessário alguns pontos específicos.”
“A partir do momento que o atleta entende que precisa de um novo passo profissional e pessoal, precisamos respeitar. Nós, enquanto instituição, eu como treinador e o Fábio [Mota] como presidente, não vamos amarrar ninguém no vestiário ou obrigar alguém a estar aqui. Entendemos perfeitamente que é o momento do atleta buscar novos voos e oportunidades, e ele tem o direito de fazer isso. Então, aqui, não estamos lamentando a saída do Wagner.”
Carpini também lembrou da saída de Lucas Esteves, outro jogador que aceitou uma proposta do Grêmio, e pediu que Wagner Leonardo fosse tratado como “assunto encerrado” no Vitória.
“Nós perdemos o Lucas Esteves. Foi um desejo do atleta ir para o Grêmio. Nós não vamos amarrar e obrigar o Lucas Esteves a estar aqui. Lembrando que, quando cheguei, quem jogou era o PK, não o Esteves. E há outras tantas coisas que poderia citar. Então, ponto final na história do Wagner. Ele já faz parte da história do clube. E a história é para ser contada, já está no passado“, finalizou.
Substituto
A saída de Wagner Leonardo vai render R$ 26 milhões ao clube, na maior venda da história do Vitória. No entanto, esse valor não será necessariamente usado para buscar um substituto imediato.Carpini citou os outros jogadores do setor e deu a entender que a configuração pode estar no elenco.
“O substituto para o Wagner é o Neris, o Edu, o Halter, o Zé Marcos, o Cauã da base, que vem surgindo muito bem. Então, temos vários substitutos, não apenas um.
Após a saída de Wagner Leonardo, o único zagueiro canhoto no elenco principal é Zé Marcos. Apresentado na última sexta-feira, Lucas Halter, que é destro, se colocou à disposição para atuar pelo lado esquerdo da defesa.
Carpini também comentou sobre a preparação do Vitória para a partida deste domingo, contra o Jequié. Apesar do desejo de manter uma base titular e oferecer sequência para alguns jogadores, o treinador adiantou que fez mudanças na equipe para preservar atletas mais desgastados e também promover estreias.
“Temos que levar em consideração o acúmulo de carga de alguns atletas, como Hugo, Ronald e outros. Fabrício vem com um desgaste acumulado. Cabe a nós fazermos o que temos feito, e feito bem, diga-se de passagem. Estamos rodando bem o elenco dentro de uma ideia de, em breve, começarmos a mexer o mínimo possível. Assim, poderemos encontrar aquilo que precisamos ser o melhor e mais próximo do ideal para cada jogo e competição.”
Lucas Halter e Jamerson devem, portanto, ser algumas das novidades do Vitória neste domingo.