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Testemunhas de Jeová celebram decisão do STF sobre recusa de transfusão de sangue

Os dirigentes das Testemunhas de Jeová no Brasil, expressaram entusiasmo com a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que permite aos seguidores da religião recusar tratamentos médicos que envolvam transfusão de sangue. Em nota divulgada após o julgamento, a organização afirmou que a posição da Corte “fornece segurança jurídica aos pacientes, às administrações hospitalares e aos médicos comprometidos em prover o melhor tratamento de saúde, sempre respeitando a vontade do paciente”.

Na quarta-feira (25), todos os onze ministros do STF decidiram, por unanimidade, que a recusa à transfusão, fundamentada em convicções religiosas, está alinhada com os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e da liberdade religiosa. No comunicado, as Testemunhas de Jeová reiteraram seu amor pela vida e seu comprometimento em colaborar ativamente com os profissionais de saúde para receber o melhor cuidado médico possível.

Além disso, expressaram “sincera gratidão” aos profissionais de saúde e autoridades que reconhecem e protegem seu direito de escolha em tratamentos médicos. A organização destacou que a cooperação, o respeito mútuo e a comunicação eficaz são fundamentais para que médicos e pacientes superem os desafios da saúde.

As Testemunhas de Jeová, é uma denominação cristã com cerca de 8,8 milhões de adeptos em 239 países, fundamentam sua recusa à transfusão de sangue com base tanto no Novo quanto no Velho Testamento, enfatizando que “Deus ordena a abstenção de sangue porque ele representa a vida, que é sagrada”.

Esse posicionamento é respaldado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda abordagens centradas no desejo do paciente, como o “gerenciamento do sangue do paciente” (PBM, na sigla em inglês). Essa estratégia médica envolve medidas desde o pré-operatório para evitar a necessidade de transfusão. Os cuidados incluem boas práticas cirúrgicas, técnicas anestésicas que minimizem a perda sanguínea e métodos de conservação do sangue, garantindo assim um tratamento que respeite as crenças dos pacientes.

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