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“Sem mi mi mi”, veja o que Glória Maria pensava sobre o politicamente correto

Durante uma entrevista a Joyce Pascowitch, publicada em setembro de 2020, a jornalista Glória Maria teceu críticas ao politicamente correto. As declarações vieram à tona, depois que Pascowitch citou temas como assédio moral e sexual em várias esferas da sociedade, sobretudo a do trabalho.

“Eu acho isso tudo um saco”, disse Glória. “Por exemplo, hoje, tudo é racismo, tudo é preconceito. Eu, até hoje, na TV, tenho meus câmeras antigos, os técnicos que estão comigo há 40 anos, todos me chamam de ‘Neguinha’. Eu nunca me ofendi, nunca me senti discriminada. Me chamam de uma maneira amorosa, carinhosa.”

Ao definir-se como “politicamente incorreta”, a jornalista observou que o o mundo “está chato”. “Estou há mais de 40 anos na televisão”, lembrou. “Já fui paquerada muitas vezes, mas nunca me senti assediada moralmente. Acho que o assédio moral é uma coisa clara, não tem dubiedade. Não tem como você interpretar. O assédio é uma coisa que te fere, é grosseiro, te machuca, te incomoda, te desmoraliza.”

Glória Maria afirmou que a paquera é muito diferente do que se prega hoje em dia. “Eu estou cansada desse negócio”, desabafou. “Os homens estão com medo. Eu quero ser paquerada ainda, gente, estou viva. Mas existe uma cultura hoje que ‘não pode’, e nós mulheres sabemos bem fazer a diferença de uma paquera para o assédio, um abuso sexual.”

A jornalista morreu nesta quinta-feira, 2. Segundo informou a Revista Oeste, Glória foi diagnosticada com um câncer de pulmão em 2019, e o tratamento com imunoterapia teve sucesso. Depois, ela sofreu metástase no cérebro e foi tratada, com êxito, por meio de cirurgia. E em meados do ano passado, contudo, Glória Maria começou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases cerebrais que, infelizmente, deixou de fazer efeito.

OrlaNews

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