Esporte

Rayssa Leal pode ser punida por enaltecer a fé cristã nas Olimpíadas de Paris

Dias após conquistar a medalha de bronze para o Brasil, a skatista Rayssa Leal entrou no radar de uma possível punição do Comitê Olímpico Internacional (COI). O órgão está avaliando o gesto da brasileira, que é cristã, realizado durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Durante a prova, a atleta de 16 anos fez um gesto em Libras com a mensagem “Jesus é o caminho, a verdade e a vida” para uma das câmeras. O COI investiga a situação, já que o regulamento da competição proíbe manifestações políticas ou religiosas nas provas.

“Obviamente, parece um genuíno mal-entendido. O COI está feliz que os atletas se expressem em coletivas, redes sociais e outros lugares. No campo de disputa, tentamos nos manter focados nos esportes”, mencionou o porta-voz do órgão, Mark Adams, em entrevista ao portal UOL.

Há a expectativa de que a medalha no skate street seja mantida. No entanto, a jovem pode receber uma carta de recomendação.

A atitude do COI em investigar Rayssa Leal por expressar sua fé durante os Jogos levanta questões sobre a rigidez das regras e a falta de sensibilidade cultural. Embora seja compreensível que o COI busque manter o foco nos esportes, a manifestação de Rayssa foi um gesto pessoal e espontâneo que não prejudicou a competição ou desrespeitou outros atletas.

O órgão deveria considerar a importância de permitir que os atletas expressem suas crenças e valores de maneira respeitosa, especialmente quando essas expressões não interferem no espírito esportivo. A aplicação rígida das regras, sem considerar o contexto e a intenção, pode acabar suprimindo a autenticidade e a humanidade que os atletas trazem aos Jogos Olímpicos.

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