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Processo eleitoral para escolha do Conselho tutelar tira urna de votação da Orla

Já dizia os críticos da velha política de Camaçari: ” Há um muro entre a Sede e Orla.” Essa Citação outrora usado para descrever o descaso de representantes de nossa política, tem se ampliando ao processo eleitoral que fará a escolha dos Conselheiros Tutelares do município.

A revolta dos candidatos com domicílio eleitoral da Orla se dar quando no último dia (12/09) a comissão organizadora do pleito resolveu concentrar todas as urnas de votação na Sede obrigando os eleitores da Orla se deslocar até a Sede para votar; se é que algum eleitor fará essa façanha.

Com isso, os candidatos da Orla se sentem prejudicados pelas escolhas adotadas pelos organizadores das eleições. Juntos, fizeram uma postagem nas redes sociais para alertar a população da Orla que a disputa já começa em desvantagem. Vejam a nota:

A ORLA TAMBÉM É CAMAÇARI
Sobre a ausência de locais de votação na Orla da cidade para o Processo de Escolha dos Conselheiros Tutelares (2019).

Nós, candidatas e candidatos ao Conselho Tutelar de Camaçari na Sede e na Orla, fomos surpreendidos na manhã desta quinta-feira (12/09/2019). Ao nos dirigirmos à SEDES, onde ocorreu a Reunião convocada pela Comissão Organizadora do Processo de Escolha, acreditávamos que seríamos notificados dos locais de votação.

Para nossa perplexidade, fomos informados de que a votação se daria APENAS NA SEDE DO MUNICÍPIO e que os cidadãos da Orla que porventura quisessem exercer seu direito de votar, deveriam se deslocar até um dos três colégios da Sede. Ou seja, ao invés de aumentar os locais de votação contemplando mais localidades, foi decidido que NENHUMA URNA SERÁ DISPONIBILIZADA PARA A ORLA.

Entendemos que a participação da Orla é fundamental para a legitimação do trabalho do Conselho Tutelar na garantia e proteção dos Direitos das Crianças e Adolescentes.

Entendemos também que se já é difícil mobilizar um processo de escolha cujo voto não é obrigatório, com urnas nas comunidades da Orla, mais difícil ainda será se toda a região da Orla for excluída do Processo de votação.

Entendemos ainda que o Conselho Tutelar, órgão garantidor de direitos, precisa ter sua relação com as comunidades fortalecida. As comunidades são as maiores parceiras do trabalho no Conselho. Se tiramos delas a possibilidade de participar, todo o processo está ameaçado.

Hoje (12/09), acionamos o Ministério Público para garantir que a votação aconteça também na Orla. Amanhã (13/09), teremos nova reunião com a Comissão para nos posicionar mais uma vez contra a exclusão de metade da cidade do Processo de Escolha do Conselho Tutelar.

Queremos respeito com as comunidades da Orla e esperamos que seu direito de participação seja garantido. Afinal de contas, a Orla também é Camaçari!


Ana Amelia dos Santos Cardoso
Edilene de Jesus Mota
Elaine Cristina da Silva Castelo
Ivonaldo Antonio da Silva
Jecilene Moreno Costa Soares
Laurineide Araujo da Silva Amersberger
Leonardo Oliveira Santana
Márcia Rodrigues de Souza
Maria de Assis Araújo
Mivaldo Conceição
Monique Pereira de Souza
Raul Tavares de Paula
Rosiberte Vital dos Santos
Silvany Fernandes Santos Costa
Simone Rodrigues
Tamires Fernanda Vargas Gonçalves dos Santos
Valdinea Dias Mota
Valéria Campos de Souza Oliveira
Vera Lucia Novais de Brito
Zuleide Santos do Rosário

 

 

 

 

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