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Polêmico muro de contenção erguido na Praia Busca Vida tem alvará da Sedur

A Secretaria do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Sedur) realizou nesta sexta-feira (16/7),  fez uma inspeção na construção do muro de concreto erguido nas imediações de um condomínio na praia de Busca Vida, no distrito de Abrantes, devido a repercussão negativa gerada em torno da contenção na praia.

No local, os técnicos da pasta constataram a existência do dissipador de energia para conter o processo erosivo da costa, nas imediações do Condomínio Porto Busca Vida Resort Residence, que realizou a intervenção previamente autorizada. 

 

COMAM se pronuncia sobre a polêmica obra de contenção na praia de Busca Vida

 

A fiscalização ainda afirmou que, a contenção se trata de pranchas de PVC, considerados elementos materiais com menor impacto ambiental possível, que não liberam nenhum tipo de elemento químico e substâncias que possam causar contaminação ou prejuízos ambientais, sem contar que são peças móveis, de caráter provisório e emergencial, que visam dispersar a energia das ondas por conta do avanço do nível do mar.

Segundo o coordenador de Licenciamento Ambiental da Sedur, João Leal, “quando a onda vem, o suposto ‘muro’, vai bloquear essa onda, dissipando essa energia, evitando que tenha assoreamento do continente. Conforme os estudos realizados, o mar já avançou no litoral em mais de 20 metros, então é necessário que se instale esse tipo de equipamento.

 

Polêmico muro de contenção erguido na Praia Busca Vida tem alvará da Sedur 2
Alvará Expedido pela SEDUR/ Foto divulgação, Luan Moura – Ascom/PMC

 

Contrapondo a Sedur, o Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMAM), nesta semana se posicionou contrário a construção do muro. Segundo o órgão, a madeira seria o material mais adequado para esse tipo de contenção. E a presença do concreto dificulta o trânsito das tartarugas no caminho para a desova, que não conseguem transpor a barreira áspera do cimento. 

Segundo a Fundação Pró-Tamar e o ICMBio, o km em que a contenção começou a ser construída recebe em média 93 desovas por ano, e pode ocorrer que as tartarugas fiquem desorientadas por não conseguir depositar seus ovos, voltando ao mar e expelindo os ovos na água.

A praia de (Busca Vida) é um dos maiores bolsões de desova das tartarugas do Nordeste.

OrlaNews

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