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Polêmica mudança do aniversário de Camaçari sem fundamentação histórica, marca audiência pública na Câmara

De forma unilateral e sem fundamentação histórica, A Câmara de Vereadores de Camaçari, por intermédio do Vereador Jamesson, e seu guru Diego Copque, levou para o plenário da Casa Legislativa na manhã desta quinta-feira (24), uma proposta de mudança da data de fundação do município.

Durante o encontro, o influenciador Diego Copque, tentou convencer os presentes a anular o aniversário de Camaçari, comemorado no dia 28 de setembro, no qual se comemora a emancipação política de Camaçari, para 29 de maio de 1558, ano de criação da Vila do Divino Espírito Santo, que faz  parte das terras de Abrantes, município extinto, que antecedeu a Cidade do Polo.

Para Diego, Camaçari tem 200 anos a mais de emancipação, e se for reconhecido, passará a figurar como uma das cidades mais antigas do Brasil.

Entretanto, o historiador Emerson Sales, profundo conhecedor da História de Abrantes, fez uma explanação convincente sobre o tema, ao afirmar que  o dia 29 de maio de 1558, é uma data intimamente da criação de Aldeia do Divino Espírito Santo, (hoje Catu de Abrantes), fundada pelos padres jesuítas, e índios de várias aldeias tupinambás, ao redor de uma capela de taipa, sob o comando do padre João Gonçalves e o ex-soldado Antônio Rodrigues, às margens do Rio Joanes, e posteriormente, em 1562, foi criada a Igreja do Divino Espírito Santo, e o aldeamento, onde hoje está localizada Vila de Abrantes.

 

 

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Discurso do Historiador Emerson Sales, no plenário da Câmara de Vereadores de Camaçari – Foto Divulgação/Redes Sociais

 

O historiador ressaltou que Camaçari só veio de fato surgir em 22 de março de 1920, denominado como  Distrito de Camassari, na ocasião, território desmembrado de Abrantes. Passados 18 anos, o Distrito passou a ser município, no dia 30 de março de 1938, data que os prepostos causadores da confusa audiência na Câmara, deveriam reivindicar para aniversário da cidade.

O evento também foi regado de polêmicas, quando após as argumentações em pró da história de Abrantes, Diego Copque se dirigiu aos historiadores da Orla e ao público, acusando-os de promover um debate de emancipação do Distrito de Abrantes. O mesmo foi repreendido pela maioria do público, que viu sua fundamentação sobre o tema não se sustentar; derrubando suas versões utópicas que o levou até o local. 

Apesar de todas as evidências que já permite barrar a intenção do Vereador Jamesson e seu fiel guru, a casa legislativa pode agendar outros encontros para dar prosseguimento ao debate. 

 

 

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