Esporte

Oficial da USA Swimming se demite em protesto contra a presença de transgênero na natação

Uma oficial com 30 anos de serviços prestados à USA Swimming (Confederação Americana de Natação) pediu demissão em protesto contra a participação da nadadora transgênero Lia Thomas em competições universitárias. O fato aconteceu no início do mês, quando Cynthia Millen se demitiu antes do Campeonato Paralímpico dos Estados Unidos em Greensboro, na Carolina do Norte. Lia Thomas não participaria do evento.

Lia Thomas, que representa a Universidade da Pensilvânia, tem 22 anos e competiu por três anos na equipe masculina de natação, antes de mudar para a feminina este ano.

-Eu disse aos meus colegas oficiais que não posso mais participar de um esporte que permite aos homens biológicos competir contra as mulheres. Tudo o que é justo na natação está sendo destruído –  escreveu Cynthia em uma carta à USA Swimming, conforme relatado pelo jornal Washington Times.

A ex-oficial disse ainda não ter nada contra Lia Thomas, mas ressaltou que se a nadadora entrasse no seu deck, ela advertiria o seu técnico de que ela não pode competir contra homens.

– Esse é um corpo masculino nadando contra o feminino, e esse corpo masculino nunca pode mudar. Esse corpo masculino sempre será um corpo masculino – criticou.

De acordo com as regras impostas pela National Collegiate Athletic Association (NCAA), Lia Thomas está autorizada a competir em eventos femininos, uma vez que ela completou o necessário período de um ano de tratamento de supressão de testosterona.

Vários especialistas já se pronunciaram contrários a participação de atletas com essas características nas competições do sexo feminino. Em 2020, atletas de mais de 30 países enviaram ao Comitê Olímpico Internacional um apelo para evitar a “destruição dos esportes femininos” e o que elas chamam de “flagrante discriminação contra as mulheres em razão do sexo biológico”. Em documento, elas pediram a suspensão das normas adotadas em 2015 que permitem as chamadas “mulheres trans” (pessoas do sexo biológico masculino) nas competições femininas. O pedido foi feito no fim de abril, aproveitando a decisão de adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Fonte: GE

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