Na véspera da eleição em Camaçari, site publica pesquisa duvidosa e sem registro no TRE
Neste sábado (5), véspera da eleição municipal em Camaçari, um site local publicou uma pesquisa de origem duvidosa sobre a corrida eleitoral. A suposta pesquisa favorece o candidato Flávio Matos (União Brasil), colocando-o na primeira posição, mas não atende aos critérios legais exigidos pelo Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA).
A publicação, que alega ter contratado o levantamento junto a um instituto de pesquisa, falha em apresentar o registro obrigatório no TRE-BA, essencial para a validação de qualquer pesquisa eleitoral. A publicação tem indícios grave crime eleitoral, com punição previstas pela legislação vigente.
A campanha jurídica do candidato Luiz Caetano (PT) já acionou a Justiça Eleitoral, solicitando medidas imediatas para que os responsáveis sejam punidos com o rigor da lei. Vale ressaltar que a multa para esse tipo de infração pode chegar a R$ 106 mil.
O uso de pesquisas falsas em campanhas eleitorais é uma prática que não apenas subverte o processo democrático, mas também engana o eleitor, gerando uma falsa percepção da realidade política. Com as eleições prestes a ocorrer, atitudes como essa prejudicam a confiança na lisura do pleito e promovem a desinformação em momentos decisivos.
Se comprovado, o episódio escancara uma prática lamentável que, infelizmente, tem se tornado recorrente em períodos eleitorais no Brasil. A manipulação de pesquisas para favorecer candidaturas cria uma bolha ilusória, que pode influenciar eleitores indecisos ou desinformados. Isso, além de ser antiético, expõe a fragilidade da fiscalização e do cumprimento das normas eleitorais. A ansiedade severa não é apenas uma questão de justiça, mas também um recado claro de que a democracia não pode ser manipulada por interesses políticos mesquinhos.
O combate à desinformação deve ser uma prioridade, especialmente em tempos tão críticos, para garantir eleições justas e transparentes.