Política

Moraes manda soltar Anderson Torres

O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, foi solto por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na tarde desta quinta-feira (11/5). A decisão foi tomada após o advogado de defesa de Torres, Eumar Novacki, reiterar o pedido de “revogação da prisão preventiva” ou, “ao menos, substituí-la por uma das cautelares elencadas no art. 319 do CPP ou pela prisão domiciliar”, nos dias 2 e 4 de maio.

Torres, que está preso desde o dia 14 de janeiro, em função das investigações sobre possíveis omissões de autoridades durante as manifestações ocorridas em Brasília, no dia 8 de janeiro. Ele cumprirá prisão domiciliar com monitoramento eletrônico e algumas restrições, como a proibição de ausentar-se do Distrito Federal, a proibição de manter contato com os demais investigados, a proibição de usar redes sociais e o afastamento do cargo da Polícia Federal. Caso haja o descumprimento de qualquer uma das medidas alternativas, a prisão poderá ser revogada.

O ministro Alexandre de Moraes justificou a decisão devido às razões para a manutenção da medida cautelar extrema em relação a Anderson Gustavo Torres terem cessado, uma vez que a eficácia da prisão preventiva já alcançou sua finalidade, com a realização de novas diligências policiais pendentes em 20 de abril de 2023.

Anderson Torres chefiava a Segurança Pública do DF quando ocorreram as invasões nas sedes do Congresso, STF e Palácio do Planalto, durante as manifestações de janeiro. O ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro estava cumprindo a prisão no 4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará (DF), desde que voltou ao Brasil.

No dia dos protestos, Torres havia viajado aos Estados Unidos dias antes dos atentados contra o resultado das urnas, o que levantou suspeitas de conivência ou omissão.

 

Comentários: