Opinião

Moradores de Abrantes convivem com as deficiências do Pronto Atendimento

Desde os últimos meses no governo do ex-prefeito Ademar Delgado, no ano de 2016, que já anunciava o fechamento do antigo Pronto Atendimento, que ficava na Avenida Tiradentes, sentido Jauá; cogitando o deslocando todos os equipamentos da unidade para a UPA de Arembepe.

A comunidade foi pro embate contra a secretaria de Saúd , em reunião na Associação Progresso de Abrantes, e com as intervenções dos vereadores Gilvan Souza e o então membro da Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores de Camaçari, Elias Natan, conseguiram adiar o fechamento da Unidade.

Empossado como secretário de saúde de Camaçari, Elias Natan, com o aval do prefeito Antônio Elinaldo,  anunciou o fechamento do PA em maio de 2018, transferindo  o que restava da infraestrura de urgência e emergência para a UPA de Arembepe; e deslocando pacientes em duas pequenas ambulâncias para Arembepe. A volta era por conta do paciente.

Foram cinco meses de descaso, e a população de Abrantes buscava atendimento nas unidades de Lauro de Freitas; resultando em vários óbitos no deslocamento. Entre eles, o morador Valdemar, apoiador de Elinaldo nas eleições municipais de 2016.

Após ver sua popularidade despencar, Elinaldo volta atrás e resolve reabrir a unidade em outro local, reinaugurando em setembro de 2019. 

Apesar da falta de medicamentos básicos, o posto vinha atendendo as necessidades da população, quando, no feriado de 15 de novembro, uma criança deu entrada da Unidade após sofrer um afogamento em uma piscina, e, segundo informações de amigos dos familiares, a vítima chegou a unidade com vida. Buscando fazer os procedimentos, a médica pediu aos seus auxiliares o desfibrilador,  (aparelho que emite descargas elétricas na altura do torax para reanimar o paciente), e o balão de oxigênio, que não foram encontrados no PA.

Infelizmente a familia amargou a perca de um ente querido, comovendo toda comunidade. Entretanto, até então os relatos da ocorrência não foram divulgados.

Lembrando que o antigo PA tinha todos os aparelhos básicos de primeiros socorros.

Ligamos para a unidade dias após o ocorrido, e fomos informados que os aparelhos já faziam parte da infraestrura do Pronto Atendimento. Só não esclareceram porque não foram encontrados na tentativa de salvar uma vida tão preciosa quanto a de uma criança.

Também, entramos em contato com a secretaria de Saúde e até o presente momento da divulgação desta matéria não recebemos retorno.

É preciso compromisso com o bem público e o trato com as pessoas que votam e colocam a responsabilidade na mãos dos administradores do município. Não pode por negligência da gestão se pagar com a própria vida.

 

 

 

 

 

 

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