Política

Mal avaliado à frente da educação no estado, Jerônimo se apega a figura de Lula durante debate na TV Bahia

O debate realizado na noite de terça-feira (27/09), pela TV Bahia, deixou claro o jogo político dos quatro candidatos a governador do estado de partidos com representação no Congresso Nacional. Nas argumentações, foi nítido o despreparo e argumentações vazias de Jerônimo Rodrigues (PT), que pegou ponga na figura de Lula, deixando de lado seus feitos administrativos e políticos para merecer gerir o estado.

Sem muito o que mostrar, mediante a gestão petista na Bahia, ACM Neto, virou alvo de críticas e perguntas de Jerônimo, mas deixou o ex-secretário de educação sem chão, quando o assunto debatido foi a educação no estado, considerando um dos piores índices do Brasil.

Pergunta: Jerônimo escolheu ACM Neto para questionar o trabalho do ex-prefeito na educação, com críticas diretas à construção de creches.

Resposta: Neto não poupou o ex-secretário estadual da Educação. No primeiro disparo, disse que, para falar sobre o tema, o petista “não tem moral, pois foi testado e reprovado”. Eu fui testado e aprovado”, em referência aos oito anos seguidos em que foi considerado o melhor prefeito do Brasil. A crítica de Neto a Jerônimo foi baseada no Ideb, ranking em que a Bahia está entre os últimos do país. 

“Você falhou como secretário de Educação. Vocês procuram culpados, desculpas”, disparou Neto, acrescentando que em sua gestão Salvador triplicou as vagas em creches. Na réplica, Jerônimo contra-atacou: “Sua campanha foi punida por usar de má fé contra mim”, disse a Neto. O ex-prefeito relembrou novamente que o petista tem a marca de pior secretário do Brasil e que a nota do Ideb da Bahia é 3,5, uma das quatro mais baixas do país. 

Em outro momento do debate, João Roma  apertou o petista sobre redução de impostos. Jerônimo fugiu do tema e atacou o adversário por defender a candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro.

Já o representante da extrema esquerda na Bahia, Kleber Rosa (PSOL), não poupou munição contra o candidato do PT, de quem o seu partido é aliado no plano nacional.  No segundo bloco, Jerônimo questionou Rosa sobre soluções para enfrentar as altas taxas de homicídio, um dos calcanhares-de-Aquiles da gestão do PT no estado. 

“Os movimentos negros organizados clamam que algo seja feito de mudança quando se trata de segurança pública. Não podemos apresentar um dado qualquer e supor que é suficiente”, disse o candidato do Psol, que exigiu de Jerônimo a promessa de pagar salários compatíveis ao nível superior para os policiais civis. 

Do mesmo jeito, Kleber Rosa alfinetou o petista no terceiro bloco, por se esquivar de responder se era contra ou a favor da proposta de privatização da Embasa, tocada pelo governador Rui Costa.  Jerônimo disse apenas que estava comprometido com o fortalecimento da Embasa, mas sem falar sobre a posição quanto à abertura de capital da empresa pública.

O candidato do PT foi escolhido às pressas com a desistência de outros xerifes do partido. Desconhecido e mal avaliado na gestão da educação da Bahia, o candidato na sombra de Lula para se destacar no pleito. O primeiro turno das eleições 2022 acontece neste domingo, 02 de outubro. 

 

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