Política

Lula recebe ditador Nicolás Maduro após negativa de associação durante às eleições

Na noite do último domingo (28), o candidato Luiz Inácio Lula da Silva recebeu em Brasília com honras de estado o ditador venezuelano Nicolás Maduro. O ato do novo governo federal recebeu diversas críticas da oposição, que durante o segundo turno da campanha presidencial de 2022, foi intimado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o Partido Liberal (PL) retirasse do ar uma propaganda que associava o ditador Maduro a Lula. 

Na ocasião, o juiz Paulo Tarso Sanseverino, afirmou que “resulta presente a plausibilidade jurídica do pedido de suspensão da divulgação da propaganda impugnada” e que “foram ultrapassados os limites da liberdade de expressão, porquanto se trata de publicidade que não observa normas constitucionais e legais, o que justifica a atuação repressiva desta Justiça Especializada”. O juiz deixou os quadros de ministros substitutos do TSE no mês passado.

O PL tinha Jair Bolsonaro como candidato à reeleição à Presidência da República. A propaganda, que foi derrubada pela Justiça Eleitoral, fazia menção a supostas relações próximas entre Lula, o Partido dos Trabalhadores (PT) e ditadores, citando Nicolás Maduro e o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega. Em caso de descumprimento da ordem judicial, a coligação de Bolsonaro estaria sujeita a pagar multa diária de R$ 100 mil.

É importante ressaltar que Maduro é procurado pelos Estados Unidos, e o Departamento de Estado norte-americano oferece uma recompensa de US$ 15 milhões para quem fornecer informações que levem à sua captura.

 

 

Para Lula, a Venezuela é vítima de “narrativa de antidemocracia e autoritarismo, apesar dos crimes atribuídos ao ditador venezuelano, denunciado por uma comissão independente da ONU, que afirmou possíveis atos de torturas físicas e psicológicas e violência sexual, contra políticos da oposição, jornalistas, manifestantes e defensores dos direitos humanos, que sofreram a maioria dos abusos no centro de detenção El Helicoide, em Caracas.

Essa nova situação levanta questões sobre as relações diplomáticas e políticas entre os países e traz à tona o debate sobre o papel dos políticos brasileiros no cenário internacional.

 

 

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