Opinião

Limpeza de canais pela prefeitura só mascara a falta de saneamento na Orla

Limpeza de canais pela prefeitura só mascara a falta de saneamento na Orla 2
Canal em Abrantes

Na semana em que a prefeitura de Camaçari anunciou a limpeza dos canais que recebem as águas pluviais e despejos de esgotos da região, fomos averiguar até onde as ações tem a veracidade de ser uma ação preventiva nas localidades.

Começamos pelo histórico dos canais existente em Abrantes. O canal começa ao lado do condomínio Recanto de Abrantes e adentra a comunidade recebendo esgoto 24 hs. Segue cortando a Via Parque nas imediações do Condomínio Parque de Jauá, e seguindo o curso vai parar no Rio de Areias onde é pouco divulgado a devastação que os dejetos tem feito no curso de suas águas.

O canal da Malicia segue sentido as águas de um canal chamado Draga, que é afluente do Rio Joanes, hoje monitorado pelo Alphaville. Assim como a maioria dos canais do município, esse canal também recebe esgoto sem tratamento, ato que presenciamos um suposto caminhão fazendo o descarte de esgoto no canal que antecede o Alphaville.

Limpeza de canais pela prefeitura só mascara a falta de saneamento na Orla 3
Caminhão descartando esgoto na Estrada próximo ao condomínio da Tenda.

Os crimes são corriqueiros e sem nenhuma fiscalização do poder público. Consequência que podemos perceber com a morte do Rio Joanes, que não se limita a Lauro de Freitas, já que Camaçari também tem sua parcela de culpa.

Até aqui, o único beneficio de limpeza dos canais é evitar alguns alagamentos. Não todos já que essa região a drenagem pluvial não atente a todos, e as águas que escoa nos canais ajudam a levar os esgotos que descem com a correnteza.

Ligamos para a prefeitura para ter retorno sobre os esgotos que não tem tratamento e poluem o meio ambiente local e não conseguimos falar, pois, a mesma decretou ponto facultativo até o fim do carnaval.

É preciso o poder público tomar a rédia da situação, criando políticas para tratar o esgoto das comunidades, e ter uma  fiscalização adequada, tanto os condomínios e o descarte clandestinos que não podem continuar agindo de conta própria, degradando ainda mais os rios que cortam o município.

Redação Orla News

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