Esporte

Justiça notifica Real Arenas sobre cobrança de R$ 128 milhões feita pelo Palmeiras

A empresa Real Arenas, responsável pela administração do Allianz Parque, recebeu a notificação judicial referente a uma cobrança feita pelo Palmeiras no valor de R$ 128 milhões. A cobrança diz respeito a repasses não realizados pela empresa ao clube nos últimos oito anos, conforme previsto em contrato.

A Real Arenas agora tem um prazo de três dias úteis para efetuar o pagamento do valor cobrado, até a meia-noite da próxima quarta-feira. Caso o pagamento não seja efetuado, a empresa terá 15 dias para responder à ação, estando sujeita a penhoras e outras medidas judiciais caso não apresente uma contestação adequada.

Em nota divulgada pela empresa, a Real Arenas afirma que ainda não teve acesso ao conteúdo completo da ação e que dará seguimento conforme necessário. “A empresa expressa estranheza em relação à cobrança de valores na justiça, uma vez que esses valores estão em discussão em um processo de arbitragem entre as partes. Alega-se que a cobrança é um instrumento ilícito e midiático de pressão por parte da presidente Leila Pereira.” citou.

O documento entregue pela Justiça é relativo a uma dívida cobrada pelo Palmeiras no valor de R$ 128 milhões, referente à divisão de receitas do Allianz Parque desde a inauguração do estádio em 2014. A WTorre, empresa controladora da Real Arenas, admite a existência do débito, porém contesta o valor cobrado.

Vale ressaltar que essa foi a quarta tentativa de entrega da notificação, sendo que nas três ocasiões anteriores o carteiro não foi recebido no endereço da empresa.

Entenda o caso:

O Palmeiras e a WTorre são parceiros na construção do Allianz Parque, estádio do clube. Ambas as partes têm pontos divergentes em discussão na corte arbitral. Além disso, o clube recorreu à Justiça Comum para cobrar a parcela das receitas, como os naming rights, aluguéis de shows, estacionamentos, lanchonetes e camarotes, a que tem direito.

Segundo o Palmeiras, os repasses mensais dessas receitas não ocorrem desde 2015, totalizando aproximadamente R$ 128 milhões. O clube considera essa dívida incontroversa. Por outro lado, a Real Arenas, empresa vinculada à WTorre que administra o estádio, contesta o valor da dívida, embora admita a existência dos débitos.

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