Jornal Americano pergunta se teve eleição justa no Brasil
O Jornal americano The Epoch Times, produziu um artigo nesta quarta-feira (02), com o tema se houve eleição justa no Brasil. Segundo o escritor e professor Augusto Zimmermann, com o atual sistema de votação eletrônica no Brasil, não há garantia absoluta de que os votos dos brasileiros foram exatamente os que eles depositaram nas urnas porque não há nenhum registro em papel real mantido pelo governo para cada voto emitido eletronicamente.
A matéria ainda frisou, que os brasileiros não conseguem confirmar se seus votos foram dados corretamente porque, em 10 de agosto de 2021, o Congresso brasileiro não conseguiu aprovar uma emenda constitucional que exigiria a impressão de cédulas físicas que poderiam ser conferidas pelo eleitor, proporcionando assim uma supervisão física para o processo eletrônico.
Sobre a atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no pleito deste ano, o americano disse que juízes eleitorais criam regras, decidem disputas e até fiscalizam as finanças das campanhas eleitorais. Composto por sete membros, três são eleitos por voto secreto entre os ministros do Supremo Tribunal Federal, e outros dois são eleitos por voto secreto entre os juízes do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a segunda mais alta corte do Brasil. Os dois restantes são indicados pelo presidente da República entre seis advogados indicados pelos ministros do Supremo.
“Curiosamente, alguns desses principais juízes eleitorais fizeram campanha aberta e feroz contra um dos candidatos – o presidente Jair Bolsonaro. Em 19 de fevereiro, por exemplo, o então presidente do Tribunal Eleitoral, Luis Roberto Barroso, falou na Texas University Law School sobre o tema bastante peculiar de abandonar um presidente.”
O comentarista fechou sua opinião citando que o resultado demonstra o declínio da confiança nos tribunais e o aumento do cinismo sobre a concretização do Estado de Direito no país. “De fato, muitos brasileiros acreditam que o judiciário tem sido um fator crítico que contribui para um declínio significativo no estado de direito”, concluiu.