Dirigindo-se aos seus apoiadores em frente ao Congresso, Milei disse que este é o dia no qual foram enterradas décadas de fracasso e disputas que arruinaram o país.
“Hoje começa uma nova era na Argentina. Uma era de paz e prosperidade. Uma era de crescimento e desenvolvimento. Uma era de liberdade e progresso”, disse Milei durante o discurso de posse.
Discurso
Durante o primeiro discurso de Javier Milei como presidente, o líder libertário voltou a passar em revista algumas das políticas que irá aplicar a partir desta segunda-feira para “reorganizar a economia”.
“Não há alternativa ao ajuste, não há alternativa ao choque”, disse Milei depois de garantir que na Argentina “não há dinheiro”.
“Infelizmente, isto terá impacto na atividade econômica, na pobreza e nos salários”, admitiu. Ele também reconheceu que se iniciará um cenário de estagflação, embora tenha dito que “não é tão diferente do que vivemos hoje”.
“A única possibilidade possível é o ajuste; um ajuste ordenado”, acrescentou.
Primeiras medidas
Poucas horas depois de vencer com mais de 11 pontos percentuais de vantagem sobre o candidato governista Sergio Massa, o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, começou a dar suas primeiras definições sobre quais serão as medidas de seu governo a partir de 10 de dezembro.
Milei já havia antecipado isso em seu discurso na noite do dia 19 de novembro. “Não há espaço para o gradualismo, para a frouxidão, nem para meias medidas. Se não avançarmos rapidamente estaremos caminhando para a pior crise de toda a nossa história”, alertou após os resultados que lhe deram a vitória.
Em declarações aos meios de comunicação locais na última segunda-feira (4), o libertário começou a dar suas primeiras definições sobre a possível privatização de empresas e meios de comunicação públicos, um sistema de “vouchers” na saúde e na educação, ações cambiais, taxas e também levantou os primeiros nomes da sua equipe.
Gabinete e Supremo Tribunal de Justiça
Nas primeiras declarações à mídia, Milei também deu algumas definições e indicações sobre quem o acompanhará em sua gestão.
Entre os nomes já anunciados para assumir ministérios estão:
- Ministério da Defesa: Luis Petri
- Ministério do Capital Humano: Sandra Pettovello
- Ministério da Economia: Luis Caputo
- Ministério da Infraestrutura: Guillermo Ferraro
- Ministério do Interior: Guillermo Francos
- Ministério da Justiça: Mariano Cúneo Libarona
- Ministério das Relações Exteriores: Diana Mondino
- Ministério da Segurança: Patricia Bullrich
- Ministério da Saúde: Mario Russo
- Ministério do Trabalho: Gustavo Morón
- Chefe de gabinete: Nicolás Posse