Política

Geddel diz que ACM Neto não será candidato em 2026 e alfineta corrida do União Brasil à Presidência com três ministérios no governo Lula

Durante entrevista à rádio Baiana FM nesta quarta-feira (9), o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) fez uma análise sem filtros sobre o cenário político baiano e cravou: ACM Neto (União Brasil) não será candidato ao governo do estado em 2026. Segundo ele, o ex-prefeito de Salvador, principal nome da oposição na Bahia nos últimos anos, não teria musculatura política suficiente para se lançar novamente após a derrota nas eleições de 2022.

“Ele não será candidato a governador. No máximo, voltará à vida pública como candidato a deputado federal. Ele não se submeterá a uma nova derrota, que pode significar uma marca profunda nos sonhos dele para o futuro”, disparou Geddel, sem meias-palavras.

A declaração vem acompanhada de uma análise mais ampla sobre o atual enfraquecimento de ACM Neto no plano nacional. Geddel aponta a ausência de alianças consistentes e o apagamento do ex-prefeito no tabuleiro federal como sinais de desgaste. “Mais frágil nacionalmente, ele não tem um candidato próprio, não tem uma aliança firmada. E aqui na Bahia, meu sentimento é que o governador Jerônimo está indo muito bem, com uma articulação política poderosa e qualidades pessoais”, elogiou.

União Brasil no espelho: oposição com três cadeiras no governo Lula

Ao comentar os rumos do União Brasil, partido de ACM Neto, Geddel aproveitou para ironizar o posicionamento nacional da legenda, que diz fazer oposição ao governo Lula, mas ocupa três ministérios na Esplanada. “Como é que você diz que é oposição ao governo Lula e tem três ministros no governo? É difícil de explicar”, provocou.

Uma aliança improvável com João Roma?

Sobre uma possível reaproximação entre ACM Neto e João Roma (PL), hoje aliado de Bolsonaro, Geddel admitiu a possibilidade de composição, mas sem protagonismo para Neto. “Ele poderia talvez fazer uma aliança, a depender do jogo nacional, e apoiar Roma. Mas não acredito que Bruno entre nessa barca”, disse, mencionando o atual prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil).

Por fim, o ex-ministro ressaltou que sua avaliação não tem tom pessoal. “Eu sei que isso às vezes irrita o ex-prefeito, mas é uma avaliação política que tenho o direito de fazer. Não faço crítica pessoal. Nunca mais encontrei com ele. Se encontrar, cumprimento no dia do aniversário.” Fechou.

OrlaNews

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