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Facções criminosas ameaçam Scooby e outros surfistas em meio aos resgates de sobreviventes da tragédia no RS

O grupo de surfistas, conhecido por suas incursões em ondas gigantes, chegou ao Rio Grande do Sul no último domingo e desde então têm utilizado jet-skis para acessar regiões alagadas em busca de pessoas e animais em situação de risco. No entanto, muitos relatos indicam tentativas de assaltos e a necessidade de escolta policial para realizar as operações de resgate.

Pedro Scooby descreveu as dificuldades enfrentadas: “O primeiro dia foi um grande problema. Falavam de assaltos em jet-skis. Não conseguíamos resgatar pessoas porque estavam sob domínio das facções. Isso não está sendo falado na mídia. Bairro que falavam: ‘Não vai para lá, que voltarão sem jet-ski’. Momentos que queríamos tirar as famílias. Tivemos que recorrer à polícia, bote da Polícia Federal, Civil.”

Em suas redes sociais, Scooby compartilhou uma foto ao lado de um policial após uma operação de resgate com escolta. Agradeceu o apoio recebido desde sua chegada ao estado e destacou a importância da equipe policial no acesso a uma escola que estava sob domínio de facções.

Willyam Santana, outro surfista voluntário, também enfrentou situações de perigo durante as operações de resgate. Em uma ocasião, ao questionar sobre vítimas em uma escola, deparou-se com um homem armado. “Perguntei se tinha gente para um cara. Tinha um bote vazio, com uma lona e sem motor. Vieram quatro, um em minha direção. Pensei: ‘Putz, deu merda’. Levantou a lona e mostrou os facões. Olhei o (Felipe Cesarano) Gordo e falei ‘cara, vamos sair agora’. Disse que o Exército estava chegando. Por sorte, chegaram mesmo. Um sacou a arma e pude ver.”

Diante da gravidade da situação, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou o reforço no policiamento ostensivo, com a chegada da Força Nacional ao estado. O secretário da Segurança, Sandro Caron, afirmou que o foco das autoridades é tanto o combate a saques nas ruas quanto a atuação nos locais de acolhimento. Desde o início das operações de socorro aos atingidos pelas enchentes, já foram realizadas 54 prisões.

OrlaNews

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