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Escultura gigante de peixe produzida com resíduos chama atenção para o descarte correto na Ilha de Maré

Uma escultura em formato de um peixe de 2,5 metros instalada em frente à sede do Instituto de Pesca Artesanal de Ilha de Maré (IPA) chama atenção da comunidade para o descarte correto de resíduos e a reciclagem. A obra foi produzida pelo artista plástico André Fernandes com 400 garrafas PET, rede de pesca, tampas e outros materiais coletados por pescadores, marisqueiras, voluntários e alunos do 4⁰ ano da Escola Municipal de Bananeiras durante um mutirão de limpeza do mangue e faixa de areia realizado nesta quarta-feira, 28, que recolheu 254 kg de resíduos.

A ação foi promovida pelo projeto Corais de Maré, desenvolvido pela empresa Carbono 14 em parceria com a Braskem, para promover uma reflexão na população local sobre o papel deles na preservação do meio ambiente. “Queremos despertar neles a consciência de que é dever de todos cuidar do mangue e da Baía de Todos-os-Santos, que são tão importantes para eles que vivem da pesca e do marisco”, explica José Roberto Caldas, conhecido como Zé Pescador, CEO da Carbono 14, ressaltando que “qualquer mudança de comportamento individual ganha escala e reforça as iniciativas que precisam ser feitas para mitigar os impactos das mudanças climáticas”.

Para a gerente de Relações Institucionais da Braskem na Bahia, Magnólia Borges, a participação da comunidade em ações como essa são essenciais para criar um sentimento de pertencimento. “Durante o mutirão, eles puderam contribuir coletando os resíduos, plantando mudas no mangue e depois acompanhando o processo de construção da escultura com os resíduos. Esse envolvimento ajuda a emponderá-los, demonstrando que individualmente também podemos contribuir para preservar o ambiente onde vivemos. Para isso, basta mudar nossos hábitos, adotando o descarte correto de resíduos e a reciclagem”.

Instalando uma obra de arte pela primeira vez na Ilha de Maré, o artista plástico André Fernandes, que é conhecido pelas esculturas produzidas com resíduos em Salvador e também fora do Brasil, quer que o trabalho ajude a conscientizar a comunidade local. “Espero que sempre que olhem minha escultura lembrem que o mar não é local de lixo. Jogando no mar ou próximo, eles serão os primeiros prejudicados. Então, a questão é dar a destinação correta”, explica, lembrando que o resíduo pode ser recolhido e ressignificado, como ele faz com os materiais coletados nas praias. “O plástico traz inúmeros benefícios. O problema é a forma como as pessoas descartam. Precisamos de mais educação e consciência ambiental”.

Durante o mutirão, foram coletados plástico, madeira, papel, vidro, entre outros itens. O material foi entregue para Cooperativa de Coleta Seletiva Processamento de Plástico e Proteção Ambiental (Camapet), gerando renda extra para os catadores de resíduos.

OrlaNews

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