Opinião

Enxurrada de indicações vira cenário de faz de conta na Câmara de Camaçari

Para os eleitores que elegem os vereadores e pouco se sabe dos feitos de seus mandatos, os trabalhos na Câmara andam em ritmo alucinado. Isso pela enxurrada de indicações que os 21 membros do legislativo tentam mostrar ao seu modo, uma resposta para que seus representados sintam ter valido a pena o voto.

No entanto, apesar da tentativa dos engravatados em demonstrar serviço à população, os pedidos indicados dos parlamentares têm provocado inúmeras reações para quem as conhece: Vereador que pega a pista; uma que dança fazendo birra por não sido atendida; e outro querendo transpor os limites administrativos do município, fazendo indicação como se fosse deputado.

Vejam que são 21 vereadores, e em média a cada sessão há ao menos 30 intervenções indicadas no plenário. Se o ritmo continuar, ao final do ano teremos mais de 300 indicações, que, ganhar corpo não sobra nem dinheiro para merenda, ou se o contrário, em sua maioria viram papel e no esquecimento de seus mentores. 

São inúmeras as funções dos vereadores, e ao invés do teatro nas sessões, deveriam fiscalizar as obras paradas no município, a exemplo da Revitalização do Tudão, e fazer cumprir as indicações, com a direcionada a Fonte do Buraquinho, em Abrantes, que teve a primeira indicação caducada, e a segunda indo para o mesmo caminho. 

Estas são observações pertinentes ao mandato de vereador, que ao final dos quatro anos se gasta muito na reeleição. Muito pela falta de ligação com a população, que a cada dia se torna órfã de representação.

 

 



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