Esporte

Ednaldo Rodrigues decide não punir o Botafogo, após torcedores simular sua morte e de Leila Pereira

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, decidiu não punir o Botafogo pelas ações de seus torcedores, que, em um ato de violência e discurso de ódio no futebol, simularam o enforcamento do mandatário e de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, com bonecos pendurados perto do setor sul do Engenhão, administrados pelo clube carioca.

Um episódio semelhante ocorreu na Espanha, quando membros de um grupo radical do Atlético de Madri penduraram um boneco com a camisa de Vinicius Junior, jogador do Real Madrid, junto a uma faixa com a frase “Madrid odeia o Real”, pouco antes de um clássico entre as equipes pelo Campeonato Espanhol. O Atlético de Madrid condenou o ato, e o Real Madrid pediu proteção. A LaLiga, a Federação Espanhola e outras entidades também repudiaram o ocorrido.

Contrariando a postura energética vista na Espanha, Ednaldo Rodrigues optou por minimizar o ato dos botafoguenses. O presidente se calou e apenas aceitou desculpas de John Textor, proprietário do Botafogo, pelo ato de violência por alguns torcedores antes do jogo contra o Palmeiras, na última quarta-feira (17).

Rodrigues se encontrou com Textor durante o sorteio das oitavas de final da Copa do Brasil na sede da CBF, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. “Falei com ele (Textor) como com qualquer filiado. Sei separar as coisas, o clube da pessoa. Ele me pediu desculpas em nome do Botafogo pelo que aconteceu ontem e eu aceitei”, afirmou Ednaldo Rodrigues.

A CBF disse que o ato não tem ligação direta com o Botafogo e anunciou que entregou o caso à Polícia para investigar e identificar os autores.

Esta postura condescendente da CBF diante de um ato tão grave é inadmissível. A falta de ação efetiva da entidade máxima do futebol brasileiro expõe uma preocupante leniência frente à violência e ao ódio que estão enraizados no esporte.

Ao aceitar desculpas superficiais, a CBF demonstra uma desconexão alarmante com a necessidade de proteger o futebol de atitudes que promovam a violência e o ódio. Até quando permitiremos que tais atos passem impunes, manchando a imagem do nosso futebol e colocando em risco a integridade de seus participantes?

A CBF precisa rever urgentemente sua postura e tomar medidas relevantes para garantir que o futebol mantenha um espaço de disputa saudável e de respeito mútuo.

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