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Desfile Cívico de Abrantes é marcado por festa e problemas de saúde devido ao forte calor

Na manhã deste domingo (22), a Vila de Abrantes foi palco do tradicional Desfile Cívico em comemoração ao aniversário da Emancipação Política de Camaçari. Escolas municipais, grupos culturais, filarmônicos e fanfarras abrilhantaram o evento, que reserva a riqueza cultural do município. No entanto, o clima de celebrações foi ofuscado pelo forte calor, que causou desconforto e mal-estar em vários estudantes, que percorreram as principais avenidas do bairro.

O desfile, que acontece pelo terceiro ano consecutivo no período da manhã, é questionado pela população local e vem sendo criticando duramente a escolha do horário. O calor intenso deste período do ano, somado à exposição prolongada ao sol, tem resultado em diversos casos de indisposição entre os participantes e espectadores. Este ano não foi diferente: estudantes e público precisaram de atendimento médico devido às altas temperaturas.

Para Emerson Sales, morador de Abrantes, o desfile matutino não faz sentido e prejudica tanto os alunos quanto os moradores. “Esse horário castiga as pessoas, principalmente pelo calor, que é mais intenso no período da manhã. Quando o desfile acontecia à tarde, havia mais aceitação popular e a presença de mais pessoas para prestigiar o evento”, declarou Sales, reforçando o apelo da comunidade para uma mudança.

Apesar da beleza do desfile e do esforço das escolas em tornar o evento alternativo, o desconforto gerado pela escolha do período da manhã tem prejudicado a experiência de quem participa. Muitos pais têm preocupação demonstrada com a saúde de seus filhos, uma vez que os alunos são os mais afetados pela longa exposição ao sol.

Enquanto isso, a Secretaria de Educação, que segue a orientação da Polícia Militar pela escolha do horário, insiste em manter o desfile cívico no período da manhã e gera vários questionamentos. A falta de sensibilidade às condições climáticas e à saúde dos estudantes é uma falha recorrente na gestão. O evento, que poderia ser uma oportunidade de unir ainda mais a comunidade em uma grande festa, acaba se tornando um desafio físico.

É inegável que a logística de um evento como este envolve grandes esforços, mas a mudança para o período da tarde é uma demanda justa e possível de ser atendida. Ignorar os impactos do calor nas crianças e nos participantes, em uma cidade já conhecida pelas altas temperaturas, é um sinal claro de que as prioridades estão desalinhadas com o bem-estar da população.

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