Curso de qualificação para baianas de Acarajé é iniciado em Abrantes e Arembepe
Teve início na manhã desta segunda-feira (31), para trinta e oito baianas de Abrantes e Arembepe, o curso em formato híbrido de “Reprodução de Saberes, Fazeres e Identidade do Oficio das Baianas” realizado grupo cultural Ska Reggae e a Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares (Abam), em parceria com a secretaria de Turismo (Setur) Camaçari, a Seduc (Secretaria de Educação de Camaçari).
O curso terá duração de três semanas, com carga horária de 20 horas, realizadas de segunda à sexta-feira, das 8h às 12h. Durante a formação, 38 baianas vão trabalhar conteúdos como patrimônio, matemática financeira, além de protocolos sanitários, deixando os três últimos dias exclusivos para a cozinha.
O primeiro dia foi de apresentação e aconteceu nas dependências das escolas municipais Eliza Dias de Azevedo, em Vila de Abrantes, e Giltônia Pereira de Souza, em Arembepe. As profissionais que obtiverem 100% de aproveitamento serão contempladas com um tabuleiro novo, produzido em madeira, além de certificação.
A secretária do Turismo, Cristiane Bacelar, esteve presente no primeiro dia do curso na Escola Eliza Dias de Azevedo, em Vila de Abrantes, e afirmou que o setor turístico foi um dos mais atingidos neste período de pandemia, e as baianas de acarajé encontram-se na ponta dessa cadeia produtiva. “A gente precisa estimular e fortalecer esse segmento, promovendo a qualificação dessas profissionais, pois elas precisam saber lidar com tudo isso para conduzir o seu negócio da melhor maneira possível, de modo seguro e atendendo aos protocolos de saúde”, observou a gestora.
Ainda de acordo com a secretária, o objetivo é promover capacitação para toda a cadeia produtiva do município e, para isso, contará com parcerias com outras instituições, no sentido também de garantir consultoria, a fim de abrir portas e possibilidades para esses profissionais.
Feliz com a oportunidade e a valorização que está tendo, a baiana Gilvanete Melo, 39 anos, falou que irá aproveitar ao máximo o curso. “Esse é o meu ganha-pão há 15 anos. Quero me aperfeiçoar para poder oferecer um serviço melhor para os meus clientes”.
Para Renildes Bahia, 37 anos, obter novos conhecimentos é sempre muito importante, sobretudo, quando é de forma gratuita. “Nesse momento de pandemia, em que as vendas caíram substancialmente, eu não teria condições de pagar por esse curso que traz tantas coisas importantes pra gente”, ressaltou.
O curso integra o projeto “Histórias, Memórias e Acervos do Memorial das Baianas de Acarajé”, contemplado por chamada estadual da Lei Aldir Blanc. A capacitação é ofertada pelo Governo do Estado em parceria com a Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares da Bahia (ABAM) e ocorrerá simultaneamente em 25 municípios baianos.
