Opinião

Descaso das autoridades municipais pode levar o Cemitério de Vila de Abrantes ao caos

Sua criação se deve ao fim dos sepultamentos do antigo cemitério na praça da Matriz, no terreno da Paróquia do Divino Espirito Santo, mudando-se para onde hoje é conhecido popularmente como Rua do Cemitério.

Estima-se que o Cemitério Municipal de Vila de Abrantes tenha mais de 200 anos, e ao longo dos séculos vem atendendo populações de Vila de Abrantes e os povoados de Catú de Abrantes, Cordoaria, Jauá, Pé de Areias, Areias, Cajazeiras de Abrantes, Maracaiuba, Terra Maior, e até sepultamentos de Arembepe já foram realizados aqui.

Com a expansão imobiliária e o crescimento populacional desordenado na região, a infraestrutura que desde já não atende a todos com saneamento básico, saúde, educação e moradia para as pessoas vivas, imagine o trato para com os mortos. 

Hoje, o Cemitério de Abrantes realmente ficou pequeno, com sepultamentos diários, e sem planejamento dos poderes públicos encaminha para um caos, e no futuro dificilmente alguém conseguirá enterrar seus entes queridos no local. 

A solução temporária por parte dos gestores, foi destruir túmulos de familias tradicionais sem autorização dos familiares, e a construção de gavetas de cimento que já tomam grande parte do terreno.

Em contato com a Secretaria de Serviços Públicos-(SESP), um funcionário nos informou que a prefeitura de Camaçari especula a compra de uma área próximo ao Centro de Abrantes, mas até aqui as comunidades não tem conhecimento de algo real para solucionar o problema. 

O pior é que as grandes áreas de Abrantes vem sendo adquiridas por investimentos imobiliários, e com a lentidão dos gestores em tomar decisões o Cemitério pode ficar unutilizável; onde os mais fracos que vão pagar o preço.

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