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COMAM se pronuncia sobre a polêmica obra de contenção na praia de Busca Vida

Nesta segunda-feira (12), o Conselho Municipal de Meio Ambiente de Camaçari, se pronunciou sobre a polêmica obra que está sendo construída com estrutura de concreto, em um muro de 590 metros  na praia de Busca Vida, Distrito de Abrantes, para conter o avanço do mar, que destruiu parte do calçadão e a sede da Associação de Pescadores local.

Segundo o órgão, o uso do concreto levanta dúvidas porque a madeira tem sido o material mais usado nesse tipo de contenção. E a presença do concreto dificulta o trânsito das tartarugas no caminho para a desova, que não conseguem transpor a barreira áspera do cimento. 

Outra observação dos membros do Comam, é que as tartarugas marinhas terão que enfrentar em sua próxima temporada de desova, de setembro a fevereiro. Ocorre que o prazo dado pela SEDUR, APÓS autorização concedida pelo INEMA e pela Superintendência do Patrimônio Público da União na Bahia (SPU) para as obras é de nove meses, iniciados em 20 de maio último. 

Fazendo as contas, o prazo cobre a temporada de desova. É exatamente o que preocupa a Fundação Pró-Tamar e o ICMBio. Aquele km em que a contenção começou a ser construída recebe, em média, 93 desovas por ano, e pode ocorrer que, as tartarugas fiquem desorientadas por não conseguir depositar seus ovos, voltando ao mar e expelindo os ovos na água.

A praia de (Busca Vida) é um dos maiores bolsões de desova do Nordeste. É estranho ver os moradores do Condomínio Busca Vida desfrutarem um ambiente de paisagens naturais magníficas e expulsarem dali outros seres vivos que fazem parte do mesmo meio ambiente há muito mais tempo.

Até o momento a Sedur não veio a público se pronunciar sobre o assunto.

 

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