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Chuva que castiga Camaçari escancara inoperância da prefeitura diante do caos

Desde a madrugada desta sexta-feira (02), fortes chuvas atingiram todo o território de Camaçari, causando alagamentos, quedas de árvores e transtornos diversos em várias localidades do município. Enquanto moradores enfrentavam enchentes e ruas intransitáveis, o que se viu nas redes sociais nas primeiras horas do dia foi um clamor generalizado pela ausência da Defesa Civil — órgão responsável por agir em momentos de emergência.

A demora no posicionamento da gestão municipal gerou indignação. Em pleno cenário adverso, a prefeitura funcionava em ritmo de feriado, sob ponto facultativo decretado pelo prefeito Luiz Caetano devido ao feriadão do Dia do Trabalhador. A primeira aparição pública do gestor, junto à equipe da Defesa Civil, da Secretaria de Serviços Públicos (Sesp), da Infraestrutura (Seinfra) e de vereadores da base aliada, só ocorreu por volta das 11h da manhã — já com a cidade tomada por críticas, denúncias e vídeos circulando nas redes.

Moradores de áreas vulneráveis foram os mais afetados. Com ruas alagadas e comunidades isoladas, o sentimento predominante foi de abandono. A resposta da prefeitura, além de tardia, foi vista por muitos como reativa à repercussão negativa e não como uma ação preventiva e planejada, como deve agir os órgãos responsáveis.

Até o momento, o governo não divulgou um balanço oficial com a extensão dos prejuízos causados pelas chuvas. Enquanto isso, a população segue contando mais com a solidariedade de vizinhos e ações paliativas do poder público.

Com o aumento das ocorrências climáticas em todo o país, espera-se que a gestão municipal aprenda com episódios como o desta sexta-feira e invista, de fato, em um plano estruturado de prevenção e resposta rápida — algo que vá além da simples visita às áreas afetadas depois que o pior já aconteceu.

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