Brasil deixa a tradição de lado e terá uniforme vermelho e preto na Copa de 2026
A Copa do Mundo de 2026 terá um Brasil descaracterizado, se comparado a tradicional camisa amarela do futebol-arte. Isso porque a CBF, junto à Nike, decidiu romper uma tradição de mais de um século para lançar um segundo uniforme vermelho e preto, apagando as cores que sempre representaram o espírito e a história da seleção.
A mudança, revelada pelo site Footy Headlines e prevista para ser oficializada na Data Fifa de março de 2026, interrompendo a identidade construída desde a década de 1950, quando o Brasil trocou o branco pelo icônico amarelo, após a tragédia do Maracanazo.
A desculpa da CBF é modernizar a marca, inovar no visual e aproximar o time de novos públicos. A realidade, no entanto, a mudança está sendo encarada como puro oportunismo comercial, com reprovação dos torcedores, que acharam nada comum verem a Seleção com vermelho desbotado, com listras pretas manchadas, sem qualquer relação com a história da seleção canarinho. Pior: até o símbolo da Nike será substituído pela silhueta de Michael Jordan — um ícone do basquete americano —, no lugar da tradicional vírgula. Um ultraje para um país que sempre foi a referência máxima no futebol mundial.
A decisão de abandonar as cores azul e branca no uniforme alternativo, tradicionais há décadas, é mais um sinal de como a CBF virou refém de interesses comerciais e de marketing vazio. O Brasil, que já foi sinônimo de futebol genuíno e paixão popular, agora se rende a estratégias de branding importadas dos Estados Unidos, como se a nossa identidade fosse um produto à venda no mercado global.
O que estamos presenciando é o esvaziamento simbólico da nossa seleção. Uma camisa não é apenas um pedaço de tecido; ela carrega uma história, uma alma, uma ligação emocional com o povo. Ao pintar o uniforme de vermelho e preto — cores que sequer dialogam com a trajetória com as cores de nossa bandeira —, a CBF abre mão de algo que jamais deveria ser negociado: a nossa identidade.
Infelizmente, tudo indica que, na Copa de 2026, o Brasil não só jogará com uma camisa descaracterizada, como também poderá entrar em campo carregando um fardo: o da alienação de sua própria história.