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A impressionante foto de imigrantes que viajaram 11 dias em leme de navio para chegar à Espanha

A imagem foi divulgada pela agência Salvamento Marítimo, vinculada ao governo da Espanha, que socorreu os três homens após eles chegarem ao porto de Las Palmas, na ilha de Gran Canária.

O resgate, segundo informaram os órgãos oficiais e a agência EFE, ocorreu depois que os três migrantes — de origem africana — foram avistados na parte inferior do navio.

Eles viajavam no petroleiro de bandeira maltesa chamado Alithini II, que partiu do porto de Lagos, na Nigéria, no dia 17 de novembro, segundo informou a agência de resgate.

O local onde foram encontrados é um espaço localizado na chamada pá do leme, fora do casco do navio, onde ficam ao relento e vulneráveis ​​à violência do mar.

Os migrantes foram encaminhados para centros de saúde da ilha onde se constatou que, apesar das condições da viagem e da desidratação, tinham um bom quadro geral de saúde.

“Eles deixaram a Nigéria há mais de uma semana, o tempo que passaram no leme do navio, muito perto da água. A odisseia da sobrevivência supera de longe a ficção. Não é a primeira e não será a última. Os clandestinos nem sempre têm a mesma sorte”, escreveu no Twitter o jornalista espanhol Txema Santana, especializado em questões migratórias.

Um deles, um menino de 14 anos, contou ao jornal El País como sobreviveu à viagem bebendo água salgada e como revezou para dormir em um buraco acima do leme com os outros homens com quem viajava.

“Estávamos muito fracos. Nunca imaginei que pudesse ser tão difícil”, disse ele.

Em outro incidente no mesmo ano, quatro homens foram encontrados no leme do petroleiro norueguês Champion Pula, após terem viajado de Lagos para Las Palmas.

Relatórios da época diziam que os homens se esconderam em um compartimento atrás do leme durante seus 10 dias no mar.

O número de migrantes que cruzam de barco da África Ocidental para as Ilhas Canárias aumentou significativamente nos últimos anos.

As viagens são longas, perigosas e mortais. Em 2021, a Organização Internacional para as Migrações (OIM), da ONU, registrou 1.532 mortes na rota.

Fonte BBC News

OrlaNews

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