Opinião

Mesmo com total autonomia para tomar medidas em relação ao coronavírus na cidade, ACM Neto usa entrevista para alfinetar Bolsonaro

O prefeito de Salvador, ACM Neto concedeu entrevista neste domingo (12), para a TV  CNN relatando ações de seu governo no enfrentamento ao novo coronavírus.  Mais uma vez usou sua fala para alfinetar a postura do governo federal durante a pandemia.

“Em relação ao enfrentamento a pandemia, a gente sabe que existem divergências sérias desde o começo, entre o Governo Federal, Governo de estados e Prefeituras. Nós prefeitos e governadores, defendemos as medidas de isolamento que foram essenciais, para evitar que no Brasil houvesse um verdadeiro genocídio. A quantidade de mortos no país seria muito maior se não fosse as medidas adotadas por prefeitos e governadores”, disse Neto.

O prefeito ainda reconheceu o papel do Governo Federal durante a pandemia do coronavírus, mas também afirmou que o país poderia estar numa situação muito melhor.

As citações do gestor da capital baiana nos leva a reflexão sobre a analise do efeito e da causa, e nos reporta para um passado recente, quando no período que antecede o carnaval, o prefeito de Salvador fez a narrativa conclamando os foliões do mundo para se aglomerar na cidade, pois segundo ele, na capital estariam seguros do vírus chinês.

Medida recentes, como a diminuição da frota de ônibus, vem aglomerando os usuários do transporte público, aumentando o contato e criando possibilidades de propagação da pandemia.

São diversas incoerências na fala do prefeito que usa a ocasião para direcionar os males da covid-19 para a figura do presidente Bolsonaro. E nesse jogo de palavras, quem menos na cidade tem voz é seu povo, submisso as forças políticas, vê o caos se formar com a crise econômica provocado pela permanência do fechamento do comércio. Consequentemente, com a fome e desemprego, quem vem sendo atingido vai começar cobrar do poder mais próximo. Ou seja, o tiro pode sair pela culatra.

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