Filha diz que mãe faleceu por complicações do coronavírus e enterrada como indigente em Camaçari
Uma mulher que se identificou com Cláudia, residente na cidade de Camaçari, entrou na programação de uma rádio local, na tarde de segunda-feira (11), e fez uma denúncia, ao relatar que sua mãe infectada pela Covid-19, vindo a óbito no município, foi enterrada sem a presença da família, e sem a confirmação do local onde a sua mãe teria sido enterrada.
Ela descreve o transtorno, citando que a mãe deu entrada na UPA do município desde o dia 27 de abril, e e tratada com dipirona e antibióticos, sendo despachada para casa. Ela também relatou que a mãe retornou no dia 03 de maio para UPA, onde passou por vários exames, que detectaram o princípio de pneumonia. A filha questionou se mãe estava com Covid-19, e os atendentes disseram que não. Apontando tinha 10% para ter contraído coronavírus. A paciente era idosa, com 78 anos, e na noite do dia 03 de maio transferiram para o Centro Intensivo de Covid-19, falecendo no dia 04 de maio, segundo uma ligação da unidade.
Segundo Cláudia, passaram a informação que não poderia ter velório, indicando uma funerária para organizar o enterro. O sepultamento foi marcado para às 14 horas, e quando ela chegou ao local, meia hora antes do programado, a senhora de 78 anos já havia sido enterrada sem ninguém da família no local. “Quando a gente chegou, ela já tinha sido sepultada, só mandaram a gente assinar um papel, eu disse: olhe eu não vou assinar, porque eu não vi o caixão chegar”. Disse ela, questionando se a mãe foi enterrada realmente na Gleba H, na cidade de Camaçari.
Cláudia ainda relatou que cuidou da mãe e convive na casa com mais cinco pessoas, e temem terem contraído o vírus.
O Secretário de Saúde de Camaçari, Dr. Luiz Duplat, disse ter comprovação do centro intensivo da presença de um familiar dela, filha dessa senhora, que atestou o óbito e se dirigiu até a funerária.
O Secretário de Serviços Públicos da Camaçari (Sesp), Armando Mansur, informou que a mulher foi sepultada, e que tem o documento, e que não houve nenhum sepultamento clandestino. “Ela simplesmente chegou depois do horário do sepultamento, combinou com a funerária que o sepultamento ia ser ás 13:30, e que ia encontrar com o cartão lá no Centro Intensivo ás 13 horas, ela Cláudia e a funerária”, disse Mansur.
Sobre o fato da Sra. Cláudia e familiares terem tido contado com a paciente a Secretaria de Saúde não se pronunciou. Fica o questionamento de quem está se equivocando nas informações.
Fonte: Portal Bahia no ar
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