Opinião

Novo sistema de marcação de exames e consultas dificulta o acesso à saúde em Camaçari

Em setembro deste ano, o prefeito de Camaçari  Elinaldo Araújo, e o Secretário de Saúde do município Elias Natan, juntou a imprensa da cidade para divulgar o novo sistema de marcação de consultas e exames.

O novo sistema tira as frenquentes filas às portas das unidades, com as marcações dependendo de um comparecimento até uma unidade. Com isso, não havendo mais necessidade de retornar para confirmar ou tentar agendar novamente, caso não tenha a vaga, pois a solicitação será lançada via sistema e automaticamente o usuário entra na fila de espera, recebendo por mensagem de texto (SMS) no celular o dia, local e hora em que fará a consulta/exame. 

Fomos a Unidade de Saúde da Familia de Vila de Abrantes, e ouvimos reclamações da população referente a dificuldade para se conseguir vagas nesse novo sistema imposto pelo governo. Foi o relato de Cosma de Souza, que após o novo sistema de espera, já está próximos de três meses a requerida consulta com um cardiologista, e sem previsão de acesso ao profissional via SUS. 

Em setembro, no lançamento do novo sistema, o secretário de Saúde, Elias Natan, disse em seu discurso que a adoção do novo sistema visa proporcionar mais conforto e comodidade aos usuários do Sistema Único de Saúde em Camaçari. 

Até aqui, a única comodidade da população é sofrer em casa, já que tiram os usuários das filas formadas nas unidades. Entretanto, todos que necessitam do livre acesso aos exames e consultas, reclamam que o novo modelo de marcação não proporciona à realizar os atendimentos, pois diminuiu bastantes as vagas pelo sistema de cotização; no qual a gestão limita a oferta mínima de consultas e exames para todas as localidades do município.

Uma paciente que não quis se identificar, contou o que havia ocorrido com sua amiga, moradora da Estiva de Buris.  Com tom de muita tristeza, pois sua amiga estava fazendo acompanhamento na unidade de Abrantes, e com dificuldade de conseguir marcar as consultas veio a óbito.

Para os gestores citados, os investimentos em prevenção não chega a população; e o que antes já era deficitário pelos relatos estão piores. 

Esperamos respostas para esse descaso!

 

 

 

 

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