Após 11 dias de paralisação, empresas de ônibus retomam operações em Camaçari
Passados mais de 11 dias de paralisação no transporte público de Camaçari, o prefeito Elinaldo Araújo finalmente decidiu sair do estado de inércia e se reuniu com o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), a Procuradoria-Geral do Município (PGM) e representantes das empresas responsáveis pelo transporte urbano e rural da cidade. A decisão tomada na reunião prevê a retomada dos coletivos nesta quarta-feira (12/04), com operação até dia 15 de janeiro de 2025.
O encontro, entretanto, levanta mais questionamentos do que oferece soluções. Em um gesto que revela a incapacidade de sua gestão de lidar com a crise, o prefeito transferiu ao Ministério Público a responsabilidade de alinhamento, com o futuro prefeito eleito em 2024, as medidas para organizar o sistema após o dia 15 de janeiro. Essa postura expõe não apenas a falta de planejamento da administração atual, mas também a ausência de comprometimento com a resolução efetiva dos problemas que afetam milhares de moradores da cidade.
Camaçari depende do serviço de transporte oferecido pelas empresas Radial de Transportes, DZSET Transporte e Logística e Safira Transportes e Turismo. No entanto, a gestão de Elinaldo parece ter ignorado os sinais claros de precarização no setor, permitindo que a crise alcançasse níveis insustentáveis. Os cidadãos tiveram acesso a um serviço básico, enfrentando transtornos para o trabalho, para a escola e até para realizar atividades essenciais do dia a dia.
O transporte público de Camaçari não é apenas ineficiente — é um retrato da negligência da gestão atual. O prefeito Elinaldo, em seus anos de mandato, falhou em modernizar o sistema, garantir segurança aos usuários e criar alternativas que evitassem situações como a paralisação que deixara a cidade à mercê do caos.