Racing aproveita jogo lento de Diniz, atropela o Cruzeiro e conquista a Copa Sul-Americana 2024
O Racing superou o Cruzeiro na grande final da Sul-Americana neste sábado (23), no Estádio La Nueva Olla, em Assunção, Paraguai. A vitória dos argentinos foi construída ainda no primeiro tempo, se aproveitando do tic-tac de técnico Diniz, marcando dois gols ainda na primeira etapa.
Ao final, o time argentino venceu pelo placar de 3 a 1, com gols de Martirena, Adrián Martínez e Roger Martínez para La Academia, e Kaio Jorge a favor dos brasileiros.
A derrota deixa o Cruzeiro sem levantar nenhum troféu internacional há 25 anos. A última conquista foi sobre o River Plate, quando a equipe comandada por Levir Culpi sagrou-se campeã da Recopa Sul-Americana de 1998.
O jogo
Embalado após cinco vitórias seguidas na temporada, o Racing entrou em campo com intensidade altíssima, pressionando a saída de bola cruzeirense e abrindo o placar com apenas três minutos.
García Basso fez a ligação direta com o sistema ofensivo e encontrou Quintero, que disparou em velocidade e cruzou para Adrian Martínez. O camisa 9 fez o pivô e deu o passe para Martirena, que estufou as redes de Cássio.
Embora a euforia dos argentinos, o gol foi anulado pelo VAR por posição irregular do meio-campista colombiano no início da jogada.
Mesmo com o tento invalidado, o lateral-direito Martirena não se abalou na partida e fez mais um gol, desta vez sem irregularidade vista pelo árbitro de vídeo, aos 14 minutos.
Walace errou duas vezes na transição do Cruzeiro e cedeu a posse de bola para Quintero, que tocou para Martirena encobrir o goleiro Cássio com uma pintura: 1 a 0.
Exatos cinco minutos depois, mais uma ligação direta assombrou a defesa do Cabuloso. Quintero, novamente, foi acionado pelo corredor esquerdo e cruzou na medida para Adrian Martínez apenas empurrar contra a meta de Cássio: 2 a 0.
Na tentativa de consertar a estratégia que não funcionou, Fernando Diniz promoveu a entrada de Lucas Silva no lugar de Walace. O volante, portanto, deu mais dinâmica e soube ditar o ritmo de seus companheiros.
Já na segunda etapa, o Cruzeiro voltou mais ligado e, depois de ótima jogada construída por Matheus Henrique, diminuiu o placar com Kaio Jorge aos oito minutos: 2 a 1.
Após o tento, a equipe de Fernando Diniz entrou de fato no jogo e criou inúmeras oportunidades no último terço do campo, mas que não resultaram em bolas na rede por ineficácia do sistema ofensivo.
No último minuto, Roger Martínez ainda escapou cara a cara com Cássio e enterrou o caixão do Cruzeiro, fazendo o terceiro do Racing e garantindo o título inédito para a história do clube.