Ato político de Flávio Matos e ACM Neto expõe perda de autonomia do governo Elinaldo em Camaçari
Neste sábado, 12 de outubro, Dia das Crianças, o candidato a prefeito Flávio Matos (União Brasil) realizou um ato político na Praça dos 46, bairro Dois de Julho, em Camaçari. Cercado por apoiadores e na presença de prefeitos eleitos de Salvador e da Região Metropolitana, Matos tenta impulsionar sua campanha e consolidar seu nome para a sucessão municipal. O evento foi uma tentativa explícita de reforçar a candidatura de Matos, que vem enfrentando desistências na corrida eleitoral.
No comando, o vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, praticamente se instalou na cidade, evidenciando o esforço desesperado para manter o controle sobre Camaçari, que detém o segundo maior Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia, conforme dados do IBGE.
ACM Neto é citado constantemente pela oposição, liderado pelo candidato a prefeito do município Luiz Caetano, que aponta o Carlista de comandar indicações de secretários e cargos com altos salários, atuando como um “testa de ferro” na gestão do atual prefeito, Antônio Elinaldo.
Para analistas políticos locais, Camaçari vem perdendo a autonomia de decidir seus próprios rumos, cedendo espaço para o grupo que governa Salvador. A perda de independência na rédia do município tem sido alvo de críticas, especialmente após o rompimento de figuras importantes, como os vereadores Júnior Borges e Dílson Magalhães, que se afastaram do grupo por não concordarem com a condução política do prefeito Elinaldo.
O ato deste sábado não foi apenas um evento de campanha; foi um sinal claro de que a candidatura de Flávio Matos depende fortemente de forças externas para se sustentar e . A presença ostensiva de ACM Neto em Camaçari sugere que a cidade se tornou uma extensão política de Salvador, com decisões sendo tomadas em função de interesses alheios aos da população local.
Esse cenário compromete a autonomia do município e expõe o risco de um governo que serve mais aos aliados do que aos próprios moradores. Para Flávio Matos, o desafio vai além de convencer o eleitorado; ele precisa provar que pode ser um prefeito independente, algo que, até o momento, parece longe de ser realidade.