Mulher tem atendimento médico negado em pedágio da BA-099
Uma mulher identificada como Ediane de Jesus Silva, moradora de Vila de Abrantes, teve atendimento médico negado após passar mal por volta de 21h30min, na noite da última segunda-feira (23), na BA-099, na orla de Camaçari, região metropolitana de Salvador. Segundo informações de amigos da vítima, Ediane sofreu uma crise alérgica enquanto viajava em um ônibus da Empresa Atlântico, retornando de um evento político em Camaçari. O motorista do ônibus parou na plataforma do pedágio para pedir socorro.
Ao chegarem ao local, onde ficam as ambulâncias responsáveis por prestar atendimento de urgência para pessoas que transitam pela via, os amigos de Ediane foram informados pelos funcionários que aquele tipo de procedimento não seria realizado ali.
Desesperados, os amigos da jovem orientaram o motorista a seguir para a Unidade de Pronto Atendimento de Abrantes, onde finalmente a vítima foi atendida por uma equipe médica.
Em nota, a assessoria da Concessionária Litoral Norte afirmou ter recebido uma solicitação de atendimento médico para a passageira na noite de 23 de setembro. A empresa alegou que a equipe médica foi acionada, mas que a solicitante não permaneceu no local, o que teria inviabilizado o atendimento.
A postura da Concessionária Litoral Norte é inaceitável e evidencia um profundo desprezo pela vida humana. O pedágio é um local que, por definição, deveria estar preparado para prestar socorro imediato a quem necessita, especialmente em uma emergência como a relatada. A alegação da empresa de que a equipe médica foi acionada, mas que a paciente “não permaneceu no local” parece mais uma tentativa de isenção de responsabilidade do que uma explicação plausível para a falta de atendimento.
É inadmissível que uma concessão que lucra diariamente com a cobrança de tarifas falhe em garantir um serviço básico de urgência. Ao negar atendimento a uma pessoa em crise, a concessionária demonstrou um preocupante descaso com o bem-estar dos usuários da rodovia. O incidente não só coloca em dúvida a eficiência do serviço prestado, como também expõe a fragilidade do sistema de saúde emergencial na região. A empresa deve ser responsabilizada por qualquer risco à saúde dos usuários e tomar medidas urgentes para que situações como essa nunca mais se repitam.