Polícias Civil e Técnica aprovam paralisação das operações policiais na Bahia
Em Assembleia, Polícias Civil e Técnica aprovam suspensão imediata das operações policiais na Bahia. Os servidores deliberaram que as operações policiais ficarão suspensas até 12 de agosto; data em que será realizada uma nova Assembleia.
Durante Assembleia, investigadores, escrivães, peritos técnicos, criminais, odonto-legais, médicos legistas, e delegados aprovaram a suspensão imediata das operações policiais e das medidas cautelares em Salvador, na Região Metropolitana (RMS), e no interior baiano até 12 de agosto, data em que será realizada uma nova Assembleia. A “Assembleia Extraordinária Geral Conjunta” ocorreu na tarde desta sexta-feira (19), no auditório do CECBA, no Costa Azul, e foi promovida por entidades da segurança pública baiana.
Segundo nota do Sindpoc, a suspensão das operações é devido à morosidade do Governo do Estado na negociação da reestruturação salarial dos servidores, que estão há 10 anos com os salários defasados. Segundo a entidade, os policiais civis da Bahia recebem o 26° pior salário do país.
O presidente do Sindpoc, Eustácio Lopes, destacou que os policiais civis têm tido um “papel de destaque” no combate à criminalidade da Bahia. O sindicalista ressaltou que a Polícia Civil tem realizado recorde de prisões de líderes das facções do tráfico de drogas. “Mas, infelizmente, o nosso atual salário não é condizente com a importância da nossa categoria e com a atividade de risco que exercemos todos os dias. Saímos de casa para trabalhar e não sabemos se iremos retornar”, concluiu.