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Linha 2 do metrô é normalizada após horas de caos em Salvador

Após o caos causado por um painel na Linha 2 do Metrô de Salvador, a CCR, empresa que administra o sistema, informou que a operação voltou ao normal em todas as estações. Segundo usuários do sistema metroviário, um cabo de energia que liga a estação Acesso Norte ao Aeroporto se rompeu, causando lentidão nas viagens.

O sistema já vinha exibindo sinais de problemas na circulação dos trens durante uma semana, porém, a notificação poderia ter evitado a paralisação com uma manutenção preventiva adequada.

Os transtornos na manhã desta sexta-feira (19) duraram mais de duas horas, deixando os usuários do metrô aglomerados e ansiosos pela retomada dos serviços. Em meio à gestão lenta, foram disponibilizadas linhas de ônibus, que transportaram a multidão que se aglomerava nos terminais rodoviários à espera de solução.

Segundo a CCR Metrô Bahia, as equipes de manutenção solucionaram a ocorrência na rede aérea de energia. Em nota, a expedição responsável pelo serviço lamentou os transtornos:

“A CCR Metrô Bahia informa que, às 8h33 desta sexta-feira, 19, a operação da Linha 2 do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas foi normalizada, após tentativa de atuação das equipes de manutenção para solucionar uma ocorrência na rede aérea de energia . Para minimizar o impacto para os clientes, a concessionária acionou o Plano de Apoio entre Empresas em Situações de Emergência (PAESE) e disponibilizou ônibus para circular entre os terminais Acesso Norte e Aeroporto. A CCR Metrô Bahia lamenta os transtornos e agradece a compreensão de todos”, diz a nota.

Crítica à Gestão Pública

O painel no metrô e os transtornos subsequentes destacam um problema maior: a decisão do governo do estado e da prefeitura de Salvador de excluir linhas de ônibus e deixar a população refém do metrô. Tal medida, que deveria melhorar a mobilidade urbana, mas tornou-se uma armadilha, especialmente em emergências como a ocorrida hoje.

A falta de alternativas eficientes de transporte público coloca os cidadãos em uma posição variável, dependendo de um sistema que claramente ainda tem falhas pontuais. O governo e a prefeitura precisam reavaliar suas políticas de transporte, garantindo que a população tenha acesso a um serviço diversificado e confiável. A dependência excessiva de um único modal de transporte sem uma infraestrutura de apoio robusta é irresponsável e demonstra um descaso com as necessidades diárias da população.

Afinal, até quando uma população de Salvador e da região metropolitana será refém de uma gestão que parece ignorar os reais desafios da mobilidade urbana? É necessária uma mudança de mentalidade egoísta dos políticos e adotem medidas concretas para garantir um transporte público de qualidade, que não deixe os cidadãos à mercê de falhas e paralisações.

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