Apoiadora de Lula é condenada por chamar homem de “negro, pobre e burro” nas redes sociais
Uma mulher identificada como Joyna Maria Alves e Silva foi condenada por injúria, nesta quarta-feira (11), após chamar um crítico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “negro, pobre e burro” nas redes sociais. A decisão foi da 2ª Vara Criminal de Taguatinga, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).
A condenação inicial de Joyna Maria foi de um ano e quatro meses de prisão. Porém, como ela não possuía antecedentes criminais, a pena foi substituída por prestação de serviços à comunidade e limitação de fim de semana, além do pagamento de R$ 3 mil em indenização por danos morais.
De acordo com o portal Metrópoles, o fato que resultou no processo ocorreu em 2018, quando Lula ainda estava preso, por condenações no âmbito da Operação Lava Jato. Hoje anuladas pelo Supremo Tribunal Federal.
Alberto Silva Souza teria feito críticas a Lula em uma publicação nas redes sociais, de um meme sobre o petista no Instagram. Ao ver os comentários dele, Joyna Mirna usou argumentos ofensivos e racistas: “Tu és negro, pobre e imbecil! Te enxerga na pirâmide social”, disparou a lulista.
Na avaliação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), tal comentário de Joyna Maria pretendia apenas “conduzir a vítima a uma reflexão acerca dos modelos políticos atuais”.
Porém, na sequência, Joyna Maria foi à conta pessoal de Alberto no Instagram e o atacou diretamente, comentando em uma das fotos do rapaz. “Ô lástima. Negro, pobre e burro”, publicou.
Foi neste momento que Joyna Maria, na avaliação do MPDFT, “ultrapassou os limites da razoabilidade e do âmbito da discussão política”, incorrendo no crime de injúria.
“Ao assim proceder, a denunciada deixa de tentar demonstrar características da vítima que seriam incompatíveis com a gestão do governo Bolsonaro e passa a se utilizar da sua raça/cor para ofendê-la, associando-a a uma pessoa burra, por ser negra, pobre e cujo pensamento político diverge do seu”, apontou o Ministério Público.
O juiz concordou com a avaliação feita pelo MPDFT, entendendo que Joyna “ultrapassou os limites da discussão anteriormente travada, deixando de lado qualquer contexto relacionado a posicionamento político divergente e direcionando ofensas à pessoa da vítima, utilizando-se de elementos referentes à raça/cor e origem, não podendo tal comportamento ser tratado somente como uma simples inadequação da sua forma de expressar”.
Fonte: Bnews