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Prefeitura de Camaçari assina protocolo de intenção e escola localizada dentro do Condomínio Busca Vida deve ser extinta

A Secretaria de Educação de Camaçari (SEDUC) e o Condomínio Busca Vida anunciaram na última sexta-feira (17) um protocolo de intenção para a ampliação, requalificação e modernização da Escola Municipal Rural Boa União, localizada em Vila de Abrantes. A ação sinaliza a possível extinção do Centro Educacional Marcus Ivo Bonna, construída na década de 1970, dentro do condomínio Busca Vida e atualmente atende a 49 alunos, em sua maioria filhos de caseiros que residem e trabalham na região.

Segundo divulgação no site da prefeitura de Camaçari, os alunos que atualmente frequentam a unidade escolar dentro do Condomínio Busca Vida, serão realocados para a Escola Municipal Rural Boa União, localizada na região de Vila de Abrantes, na orla de Camaçari.

Conforme o Protocolo de Intenção, que faz parte de uma parceria público-privada entre a prefeitura e o Condomínio Busca Vida, a Escola Municipal Rural Boa União passará por ampliações, aumentando de duas para sete salas de aula, com ampliação de sua capacidade de atendimento de 64 para aproximadamente 150 estudantes. 

A justificativa apresentada pela Prefeitura de Camaçari, sob a gestão do prefeito Elinaldo, é que a escola localizada dentro do condomínio Busca Vida está situada em uma área de proteção ambiental, com restrições que impossibilitam qualquer expansão.

Segundo Marcelo Dourado, representante do Conselho Administrativo do Condomínio Busca Vida e síndico, afirmou que a proposta surgiu do desejo de oferecer um ambiente mais adequado e acolhedor para os estudantes. Ele ressaltou que a Escola Municipal Rural Boa União possui uma área espaçosa que permitirá a implementação de um projeto moderno, que já está em desenvolvimento.

Entretanto, a possível extinção do Centro Educacional Marcus Ivo Bonna e a realocação dos alunos para a Escola Municipal Rural Boa União gera uma forte insatisfação entre os pais e alunos afetados. A medida evidência uma segregação social preocupante, ao retirar uma unidade escolar, criada com o condomínio de luxo, transferindo os alunos para uma escola em outra região.

Não é clara, mas a ideia que se passa é que o ambiente de aprendizado das crianças deve ser determinado por sua situação socioeconômica, fugindo dos princípios de igualdade e oportunidade fundamentais. É crucial que as autoridades considerem não apenas as restrições ambientais, mas a real intensão dessa decisão: se é por melhorias na qualidade de ensino ou apartheid social? Eis a questão!

 

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