Líder quilombola é executada a tiros dentro de terreiro na Bahia
A líder Maria Bernadete Pacífico morreu na noite desta quinta-feira (17), no Quilombo Pitanga dos Palmares. Segundo informações dos moradores da Vila, os suspeitos armados invadiram a sede da comunidade e assassinaram a tiros a ativista negra e coordenadora da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq). Antes, eles teriam feito familiares da vítima reféns..
Em entrevista ao BNews TV na manhã desta sexta-feira (18), o advogado de Bernadete, Davi Mendes, detalhou o crime que poderia ser evitado após a vítima sofrer uma série de ameaças.
“Tanto o poder público municipal, como estadual, como federal, são coparticipados por omissão porque todos estavam cientes dos riscos que dona Bernadete corria pelas lutas diárias que ela vem travando em prol da comunidade Pitanga dos Palmares. Inclusive, dona Bernadete era assistida por um programa de proteção à testemunha do Governo do Estado, vinculado à Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (…) [Já chegou a ser ameaçada] várias vezes”, declarou.
O assassinato da líder quilombola dá sequência a outra situação ocorrida há cerca de seis anos. No dia 19 de setembro de 2017, Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, conhecido como Binho do Quilombo, também morreu executado por diversos tiros.