Política

Haddad diz que pode rever imposto de importação

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na sexta-feira (26/5) que o governo está considerando revisar a alíquota de importação de 60%, que incide sobre o valor aduaneiro. Essa medida é motivada, principalmente, pelos produtos de empresas estrangeiras como Shein, Aliexpress e Shopee, que atuam no comércio online.

Durante uma entrevista à emissora GloboNews, Haddad não entrou em detalhes sobre as possíveis mudanças no imposto, mas afirmou que está discutindo o assunto com representantes do setor de varejo e com os estados, que também aplicam tributos sobre a circulação de mercadorias, conhecido como ICMS. O ministro ressaltou que a situação atual não pode ser mantida.

Em abril, o governo havia anunciado o fim da isenção de até US$ 50 para encomendas internacionais entre pessoas físicas, uma medida que beneficiava de forma irregular as empresas chinesas, que escapavam da taxação em detrimento do varejo nacional. No entanto, após pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Haddad desistiu de implementar essa medida e afirmou que a Receita Federal intensificaria a fiscalização sobre as empresas em questão.

Após esse episódio, a Shein anunciou um plano de investimentos de R$ 750 milhões para produção no Brasil, enquanto a Shopee inaugurou dois novos centros de distribuição, os primeiros da empresa no Nordeste. A discussão em torno da alíquota de importação visa ajustar as condições para equilibrar o mercado nacional e garantir a competição justa entre empresas estrangeiras e o varejo local.

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