Google e Telegram entram na mira de Alexandre de Moraes por se posicionarem contra PL das Fake News
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou nesta sexta-feira (12) que a Polícia Federal (PF) instaure um inquérito para investigar diretores e outras autoridades do Google e do Telegram que se posicionaram contra a PL das Fake News. A medida foi tomada após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), acionada por notícia crime do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP).
Segundo a investida do ministro, o inquérito não ficará sob sigilo, o que indica que as informações obtidas na investigação poderão ser de conhecimento público.
Contrário a lei criada pelo governo Lula, em conformidade com o judiciário, o Telegram disparou, na última terça-feira (9), mensagem em massa afirmando que o Brasil estaria “prestes a acabar com a liberdade de expressão”. Já o Google divulgou em sua página principal mensagens acusando o PL das Fake News de “piorar a Internet” e “aumentar confusão sobre o que é verdade” ainda na virada de abril para maio, assim como publicou um editorial.
A decisão do ministro Alexandre de Moraes tem grande repercussão no contexto atual do país, no qual o debate em torno das fake news tem sido intenso. O PL das Fake News, em tramitação no Congresso Nacional, é visto como uma importante ferramenta para combater a disseminação de informações falsas e prejudiciais à sociedade, mas também tem sido alvo de críticas por parte de setores que temem restrições à liberdade de expressão.
