Sem políticas de combate a doença, Esporotricose pode assolar por todo município de Camaçari
A Esporotricose é causada pelos fungos do gênero Sporothrix, que pode ser encontrados na terra, farpas de madeira, matéria orgânica em decomposição, jardins, praças públicas, espinhos ou na unha ou boca de felinos (gatos), dentre outras espécies. Pode ser transmitido através de traumas provocados pelos materiais supracitados, como perfurações, cortes ou arranhões ou por arranhadura e/ou mordedura dos gatos, tanto a humanos como a outras espécies de animais, como cães e equinos (cavalos). Apresenta-se em felinos mais comumente como lesões ulceradas na cabeça, patas e cauda, podendo afetar o focinho, orelhas, lábios, mucosa ocular, regiões interdigitais, dentre outras.
Seres humanos estão suscetíveis à infecção pelo fungo, com o surgimento de lesões nodulares e/ou ulcerativas, ou até mesmo outras formas da doença. Nesse caso, considera-se caso suspeito de Esporotricose humana qualquer pessoa que apresente lesão ou múltiplas lesões cutâneas em trajeto de vasos linfáticos, com histórico de contato com gato doente ou manipulação de matéria orgânica antes do aparecimento das lesões.
Camaçari tem vivido apreensivo com o aparecimento dos casos de Esporotricose algumas localidades no município. Até o ano de 2019, somando-se todos os casos a partir de 2015, foram notificados 247 casos de Esporotricose em humanos, sendo que em 2018 foram notificados 171 casos (69,23%) e em 2019, até a data de 23 de janeiro, 06 casos (2,42%).
Destes, entre os anos de 2015 e 2019, a maior quantidade, 63 casos (25,5%), pertence ao bairro Parque das Mangabas, seguido do bairro Nova Vitória, com 14 casos (5,66%). A taxa de incidência da Esporotricose no ano de 2018, pela população estimada do IBGE, foi 58,21 para cada 100 mil habitantes segundo matéria vinculada em 25/01/19 no Jornal A tarde.
O que pasma é o trato dos órgãos municipais com um assunto tão grave A nossa redação foi averiguar e que o CCZ de Camaçari nos passou de informações é de preocupar a população. Nós sabemos que em cada rua dos diversos bairros do município tem bastantes gatos, e o manejo desses animais não é comum entre os moradores. Entretanto, em contato com alguns funcionários do Zoonose, nos informaram que o Centro não recolhem animais suspeitos de contaminação. Sejam animais de rua ou domésticos, o dono ou o morador tem que buscar um tratamento particular. Constatado a doença, o dono precisa levar o animal para o CCZ para aplicar a eutanásia. É sempre bom frisar, que animais de rua são poucos domesticados, e os moradores na sua maioria não conseguem fazer a captura dos animais.
Caso um bichinho desse seja infectado, a tendência é assolar mais e mais o ambiente, fazendo com que a esporotricose assole em todo o município; já que não temos prevenção e evitando outras contaminações.
Também perguntamos se a famosa carrocinha poderia recolher se houvesse animais suspeitos de contaminação. Por telefone, nos passaram que o Município não dispõe mais desse serviço. Há meses a carrocinha foi recolhida para conserto e não voltou.
Não gostaria de chamar de descaso, mas a forma que estão conduzindo o problema constata que não estão levando a sério diante de tantas evidências. Senhores gestores do município qual a solução para isso ?!
Redação Orla News.