Opinião

Moradores de Abrantes questionam pontos do projeto de revitalização da Fonte do Buraquinho

Após a apresentação do esboço do projeto de Revitalização da Fonte do Buraquinho em Vila de Abrantes, na manhã do último sábado (17), pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano de Camaçari (Sedur), moradores questionaram pontos criados pelos autores do projeto para homenagear supostos grupos, que não estar inserido na história da Fonte, que surgiu de origem indígena, se tornando um ponto de água potável para a região.

A proposta inicial dos moradores para a revitalização da Fonte, era um contato paralelo entre prefeitura e comunidade, que viveu e ouviu de seus antepassados a verdadeira história do patrimônio. Entretanto, segundo o discurso da Secretária Andréa Montenegro, a revitalização do local foi primeiramente dialogada com alunos da UFBA, Defensor público e Ministério Público, órgãos que em momento algum parou para ouvir de perto os nativos, dando ouvidos a um grupo que pleiteia assumir o local.  

Para o comunicador e nativo de Abrantes, Emerson Sales, na Fonte do Buraquinho nunca foi acesa uma vela e ninguém nunca fez uma reza… Aí vem um projeto que diz que terá uma coluna para contar a ‘história’ religiosa do local. A quem interessa essa mentira?

O também comunicador e filho de nativos de várias gerações de moradores de Abrantes, disse que  um projeto com essa magnitude não pode ser contemplado só com uma plateia na sua maioria formada por aliados políticos, e sem uma pesquisa minuciosa com a comunidade.

Para o site Orlanews, Josué comentou da importância de se ter uma atenção conjunta com a sociedade local, algo que a prefeitura não tem executado como deveria nos últimos episódios ocorrentes com a população.

 “Fui um dos primeiros incentivadores para a revitalização do espaço, ao ver pessoas que não tem nada haver com a nossa história tentar reverter a seu favor com a distorção dos fatos. No último sábado, vi citações nos discursos dos representantes da Secretaria responsável, que era para homenagear ‘A ou B’, e na verdade o que deve ser feito é manter a essência da Fonte, para que as novas e futuras gerações reconheçam a verdade sobre o patrimônio.” Citou Josué.

Moradores estão se organizando para ter uma audiência com os responsáveis da Sedur e discutir o assunto. Estamos de olho!!



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