Turismo

Baianas da Orla de Camaçari ganham tabuleiros em curso apoiado pela Setur e Seduc

Foram entregue na manhã desta quinta-feira(8), para trinta e seis baianas de acarajé das localidades de Abrantes e Arembepe, os certificados de conclusão do curso em formato híbrido de “Reprodução de Saberes, Fazeres e Identidade do Oficio das Baianas” ministrado pelo grupo cultural Ska Reggae em articulação com a Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares (Abam). A iniciativa contou com o apoio da secretaria do Turismo (Setur) e da Educação (Seduc), com núcleo de ensino em  22 municípios baianos.

O curso teve início de 31 de maio a 16 de junho onde foram trabalhados conteúdos como matemática financeira, gestão de patrimônio, protocolos sanitários no manuseio, preparo e acondicionamento de alimentos, dentre outros tópicos. A cozinha recebeu três dias de dedicação exclusiva, no período final da atividade.

 

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Certificado do curso – Foto divulgação Ascom/Camaçari

 

A atividade visou reciclar os profissionais e premiou quinze tábulas para os participantes das escolas municipais Giltônia Pereira de Souza, em Arembepe, e 21 na Eliza Dias de Azevedo, em Abrantes.

Cristiane Bacelar, secretária do Turismo, relevou a importância da baiana de acarajé para o setor. “Ela está na ponta da cadeia, movimenta a economia, é um atrativo e não só por toda a história que traz, mas por sua culinária tão característica”, afirmou. Para a gestora da Setur, o curso gera uma resposta com relação à pandemia, visto que elas aproveitam o período e saem na frente, se capacitando, de modo a estarem prontas para dar conta da demanda que deve chegar com força em 2022. “Temos que estar com essa cadeia produtiva bem afiada”, reconheceu.

Rita Santos, presidente da Abam e coordenadora nacional da instituição, afirmou que a palavra de ordem da formação foi ‘empoderamento’. Segundo a coordenadora, “além de serem baianas de acarajé, elas também estão prontas para atuar politicamente. O curso trabalhou temas como a violência contra a mulher, turismo, sobre patrimônio – principalmente no sentido de fazê-las se entenderem em profundidade como esse patrimônio imaterial que de fato cada uma delas é”, sintetizou.

 

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Foram premiados 15 tábulas para os participantes de Arembepe, e 21 de Vila de Abrantes

 

Elivânia Souza, moradora e baiana de acarajé em Arembepe, destacou dentre os conteúdos mais relevantes para a sua formação os conteúdos sobre a riqueza da história e da rota do acarajé no país, e o tópico sobre gestão financeira. “Eu tinha um deslize até nos gastos dos materiais e hoje eu aprendi muito com esse curso. Passei a desperdiçar menos, o que impactou diretamente nos meus custos”, reconheceu.

O assessor especial da Seduc, João Dão, explicou que esse trabalho de acolher demandas sociais da comunidade é um dos nortes que orientam a gestão da secretária Neurilene Martins e do prefeito Elinaldo. “Nesses cinco anos de trabalho, a educação vem estabelecendo parcerias com as demais secretarias, ouvindo e buscando atender a comunidade tanto estrutural quando tecnicamente. Nossas escolas estão aqui, disponíveis para fazer esse atendimento”, afirmou.

As baianas que participaram da atividade são filiadas à Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares (Abam). O curso “Reprodução de Saberes, Fazeres e Identidade do Oficio das Baianas” é parte do projeto “Histórias, Memórias e Acervos do Memorial das Baianas de Acarajé”, contemplado pela chamada estadual da Lei Aldir Blanc.


Fonte: Ascom/Camaçari

 

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