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Ato público em prol da crianças e do adolescentes reúne em Camaçari representantes municipais, do setor privado e da comunidade

Na última quinta-feira (27), representantes das Secretarias de Turismo (Setur), Desenvolvimento Social e Cidadania (Sedes), Conselho Tutelar e Sociedade Civil, em  parceria com a clínica de psicologia Psicorpus, promoveram na praça Alto da Cruz, um Ato Público, com intuito de chamar a atenção da sociedade para o problema da exploração e abuso a crianças e adolescentes em Camaçari.

O encontro foi para lembrar da importância do Maio Laranja, celebrado em 18 de maio – Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Cristiane Bacelar, gestora da Setur, destacou a importância da natureza conjunta da ação, que envolveu a comunidade, o poder público e a iniciativa privada. “Dentro da pasta que lidero, por exemplo, o Ministério Público nos solicita atenção especial aos meios de hospedagem, em razão de denúncia da circulação de crianças e adolescentes desacompanhados dos pais ou responsáveis nesses ambientes” pontuou ao explicar que, nessas situações, cabe ao órgão agir de modo a fiscalizar, orientar e exigir que sejam afixadas nas áreas de circulação desses empreendimentos, legislação específica que proíbe esse tipo de prática.

A Clínica Psicorpus, protagonista da iniciativa, trabalha recorrentemente com campanhas afins à natureza da clínica. Por possuir um braço organizacional que atende justamente ao público infantil e adolescente, a empresa se mobilizou e promoveu a culminância do Maio Laranja com o Ato Público. “É um abuso silencioso e que está dentro das casas”, explicou Lília Carvalho, gestora da Psicorpus, para quem era imprescindível a participação de toda a rede de apoio que já existe em torno do problema.

“Quase 40% dos casos que atendemos estão relacionados a abuso sexual de crianças e adolescentes”, disse Caroline Paixão, coordenadora do Creas, ao explicar que o centro atua fortalecendo não só a criança, que sofreu a violação de direitos, mas a família atingida.

 

 

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Ato Público na Praça do Alto da Cruz em Camaçari-Foto divulgação/Ascom

 

Presente no ato, a secretária da Sedes, Reni Oliveira, pontuou que a luta é conjunta. “Gostaria de parabenizar a Clínica Psicorpus pela iniciativa. Proteger as crianças e adolescentes é um papel de todos. E nós, através da equipe do Creas, nos dedicamos a fazer a nossa parte, mas a sociedade precisa entender a importância de denunciar qualquer tipo de abuso ou exploração sexual”, declarou.

 Para Valdinéia Mota, conselheira tutelar, “a cidade precisa saber da obrigação de denunciar”, disse ao esclarecer que mesmo em situações em que haja dúvida, a função de averiguar a veracidade do fato cabe ao CT. “A cidade é grande, extensa e muitas vezes não acreditamos que isso esteja acontecendo. Ao CT cabe cuidar da criança; e à segurança pública, a condução do agressor. A omissão é grave, pois pode-se estar deixando de cuidar de uma vida”, alertou Valdinéia.

Erivaldo Santana, morador do Alto da Cruz e atento ao evento, questionou: “E com a pandemia então, como estão as crianças hoje em dia? Um vizinho vê coisa, mas alguns ficam com medo de ligar e denunciar”, reconheceu, afirmado que é preciso se posicionar.

A Prefeitura de Camaçari disponibiliza números através dos quais se deve denunciar violências do gênero: disk-100; (71) 99979-5634; (71) 99989-7874 (CT – Costa), (71) 99967-3569, (71) 3622-1030, (71) 3624-1113.

Ainda entre os representantes da gestão municipal presentes no ato, estava a articuladora do Grupo de Trabalho Coordenador (GTC) do Prefeito Amigo da Criança (PPAC) – 7ª edição-, Janete Ferreira, que também é coordenadora do Grupo de Trabalho de acompanhamento e implementação do Plano Municipal para a Infância e à Adolescência (PMIA).

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